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Forçado a improvisar, Gareca pede contratações, mas já vê sua marca tática

Do UOL, em São Paulo

18/07/2014 06h01

Ricardo Gareca ainda não pôde contar com a força máxima de seu plantel na sua estreia, na derrota por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, na noite da última quinta-feira (17). Forçado a improvisar, o treinador argentino pediu reforços para o Palmeiras após a partida, mas já pôde colher frutos de seus dias de treinamento na Academia de Futebol.

O que ficou mais evidente no primeiro tempo foi a preocupação das duas linhas de quatro exaustivamente treinada por Gareca durante os treinos, com dois atacantes ajudando no combate. O time se preocupou muito em recompor o sistema defensivo e dificilmente a barreira foi furada. Tanto que a primeira finalização foi só após os 20 minutos do 1º tempo, e o gol que abriu o placar saiu na bola parada.

Buscando o empate, no entanto, a equipe se expôs na etapa complementar, deixou de lado a obediência e ainda sofreu o segundo gol. Para piorar, o comandante viu que terá muita dificuldade para armar jogadas de perigo, com Bruno César inoperante, e Leandro e Diogo falhando muito na hora de atacar.

Leandro, aliás, foi alvo de críticas durante a partida. A transmissão do Premiere FC relatou que o banco palmeirense “cornetou” o atacante, especialmente após Erik entrar na partida e levar perigo ao gol de Aranha. “Já fez mais do que o Leandro no jogo inteiro”, disse um membro da comissão, de acordo com a transmissão.

Em contrapartida, Gareca disse ter gostado de ver o estilo “hermano” de seus atletas. Na entrevista após o jogo, elogiou a vontade dos atletas e a busca incessante pela bola. O que faltou mesmo foi a qualidade técnica. Até por isso, ele pediu reforços.

“Faltam alguns jogadores que estavam suspensos, outros lesionados e eu acho que com reforços vamos melhorar”, resumiu.

Desde que chegou, o técnico viu Fernando Tobio e Pablo Mouche chegarem, mas segue sem opções para a lateral direita. Weldinho, que não conseguiu ser aproveitado, voltou de empréstimo e ainda assim é reserva de Wendel. Na esquerda, preferiu improvisar Marcelo Oliveira a usar William Matheus. À frente, não contou com Henrique e precisou montar um time sem referência.

Na próxima partida, diante do Cruzeiro, no domingo, no Pacaembu, ele conta com a volta de Henrique e também de Lúcio, e tem a esperança de escalar Pablo Mouche. Em contrapartida, terá os desfalques de Marcelo Oliveira e Wesley, suspensos.

“Tenho muito trabalho a fazer, eu sabia disso, mas confio na nossa capacidade e também na dos jogadores”.