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Reforços? Nobre não descarta novo empréstimo e planeja pagamento de dívida

Do UOL, em São Paulo

21/07/2014 06h01

Nos últimos dias, os discursos de jogadores e de técnico do Palmeiras foram sempre sobre contratações. O presidente do clube, Paulo Nobre, no entanto, prefere não falar no assunto. Ele afirma que sua diretoria está trabalhando para atender aos desejos, mas se recusa a falar sobre o tema.

Sobre a falta de dinheiro, o dirigente não tem problemas em falar. Ele concedeu entrevistas no Estádio do Pacaembu, onde assistiu sua equipe ser derrotada pelo Cruzeiro e afirmou que está conversando com seus conselheiros para saber como serão pagos os mais de R$ 85 milhões emprestados com seu aval ao clube.

“Nós vamos pagar a dívida em 10 ou 15 anos, porque a ideia é não deixar o Palmeiras refém de dirigentes. Não quero deixar o Palmeiras com muito da sua renda comprometida, porque quando eu não for mais o presidente o próximo não pode sofrer como eu sofro agora”, disse o dirigente.

Nobre é contraditório no discurso. Ele afirmou que é um erro qualquer clube ficar nas mãos de um dirigente no aspecto financeiro, mas admite que novos empréstimos podem ser feitos.

“Eu sempre disse e acho um erro fazer empréstimo, mas a roda do Palmeiras não pode parar de rodar”.

O assunto gera polêmia no Conselho Deliberativo e no Conselho de Orientação e Fiscalização. Já há plano da oposição para barrar o planejamento de Nobre para pagar as dívidas. 

O Palmeiras não tem mostrado eficiência na hora de aumentar as receitas e, quando consegue a verba, como no caso da venda de Valdivia, que rendeu cerca de R$ 10 milhões, usa o dinheiro apenas para tapar buracos.

As contratações de jogadores têm sido feito com a ajuda de investidores ou com atletas que estão livres de seu vínculo. Apesar dos desesperados pedidos de torcida, comissão e jogadores, o dirigente não pretende desistir das ideias de manter a austeridade financeira para ajudar o elenco.