Saída de Ronaldinho acontece em momento instável do Atlético no Brasileiro
A saída oficial de Ronaldinho Gaúcho do Atlético-MG, anunciada na tarde desta segunda-feira, acontece em momento ruim para o alvinegro mineiro. A equipe atleticana vive situação instável no Campeonato Brasileiro e encontra dificuldades no mercado para buscar reforços.
O clube ainda comemora o título da Recopa Sul-Americana, mas não vem bem no Brasileirão. Está na 11ª colocação com 15 pontos (45% de aproveitamento), mas não vence desde que a competição recomeçou depois da pausa da Copa do Mundo, tendo empatado com o Bahia. O jogo com a Chapecoense foi adiado por causa da decisão com o Lanús.
A dificuldade da diretoria será também em relação a busca por um substituto. A avaliação no clube é que o mercado não apresenta um nome à altura de Ronaldinho Gaúcho. Os dirigentes encontram dificuldades para contratar e é pequena a expectativa da chegada de novos nomes, mesmo com a janela internacional aberta.
O grande problema encontrado pelo presidente Alexandre Kalil é em relação ao dinheiro da venda de Bernard, em agosto do ano passado, para o Shakhtar, que segue bloqueado pela Fazenda Nacional. A falta da verba impede uma investida maior da diretoria no mercado.
Se em campo Ronaldinho Gaúcho já não rendia o esperado, a sua importância fora de campo continuava grande. Ronaldinho contava com carinho dos companheiros e tinha voz ativa no grupo. O camisa 10 era o jogador mais experiente do elenco e a maior estrela, com grande reconhecimento internacional, o que abria portas para o clube.
Em todas as viagens, especialmente as internacionais, Ronaldinho Gaúcho era recepcionado por grande número de torcedores locais nos aeroportos e hotéis. Durante a pausa para a Copa do Mundo, o Atlético fez excursão à China e Ronaldinho Gaúcho foi presença fundamental, aumentando a quota recebida pelo clube brasileiro.
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