Pressão interna e sócios forçam recuo do Flu em rixa com Fla sobre ingresso
A pressão interna por uma maior arrecadação com bilheteria e a necessidade de deixar os sócios-torcedores em vantagem em relação ao restante dos tricolores forçaram o Fluminense a recuar na tabela de preços de ingressos divulgada no começo do Campeonato Brasileiro, com valores fixos, em sua maioria, de R$ 10 por partida. A medida, entre outras coisas, era uma cutucada no Flamengo, com quem o time das Laranjeiras vive rixa sobre o tema.
No começo do ano, Fluminense e Flamengo viveram uma acalorada disputa sobre o valor ideal dos ingressos no Maracanã, com o Tricolor defendendo preços populares contra a elitização prevista pelo rival. O lançamento da tabela prevendo valores até o fim do Brasileiro aconteceu durante a rixa, com o time das Laranjeiras ressaltando sua política em relação à do Rubro-negro com o bom público nos primeiros jogos da competição.
O Fluminense tem hoje a terceira melhor média de público pagante do Campeonato Brasileiro, com pouco mais de 21 mil pessoas por jogo. A arrecadação, no entanto, não tem correspondido às expectativas do clube. Pressionado por exigências do departamento financeiro graças ao déficit previsto no orçamento do clube, o Tricolor se viu obrigado a recuar e cancelar a aplicação da tabela de preços. O primeiro compromisso com a mudança é o contra o Goiás, neste domingo, que teria ingressos a R$ 10. O valor mais barato agora será de R$ 20.
Diante das reclamações dos torcedores, o Fluminense argumenta que, mesmo com o aumento, o clube continua cobrando ingressos mais baratos que os rivais: o Flamengo, por exemplo, cobra R$ 40 em suas partidas. Por isso, o Tricolor diz manter-se fiel à popularização prevista no começo do ano.
“O Fluminense tem a politica de ter um preço barato para os ingressos. Queremos ser baratos. Mas, mais do que corretos, temos que ser justos. O preço de R$ 20 é justo, barato. Inclusive, se compararmos, em Criciúma eles venderam ingressos a R$ 80, o Flamengo cobra R$ 40”, explicou o vice-presidente de projetos sociais, Pedro Antônio, à Rádio Globo.
“É um grande convite para o não-sócio ser sócio. Aderir ao plano tem algumas vantagens: compra antes de todo mundo, compra ingresso com desconto de 50% e terá a possibilidade de votar no presidente nas próximas eleições. Tem várias vantagens. O não-sócio é uma opção, mas está pagando menos que em qualquer outro time”, complementou.
Segundo a tabela divulgada no começo do Brasileiro, o Tricolor cobraria R$ 10 em nove das 19 partidas com seu mando no campeonato e R$ 20 em outras oito. Os clássicos contra Botafogo e Flamengo custariam um pouco mais, R$ 30. Agora, porém, os preços passarão ser divulgados jogo a jogo, analisando o apelo de cada um.
O Fluminense espera 50 mil pessoas no jogo de domingo, contra o Goiás. A partida marca o retorno de Fred ao Tricolor após a Copa do Mundo, além do momento positivo que equipe encara no Brasileiro após vitórias sobre Atlético-PR e Santos.
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