Palmeiras empata com o Bahia, ouve vaia e chega ao 7º jogo sem vencer no BR

O Palmeiras ainda não conseguiu mostrar bom futebol e chegou ao seu sétimo jogo sem vitória no Brasileiro com o empate diante do Bahia (1 a 1) no Pacaembu, neste domingo. O time da casa mostrou muita dificuldade para furar o bloqueio tricolor, e ficou latente a falta de criatividade do setor de criação de jogadas: foram poucas as chances de gol durante toda a partida. A defesa também se mostrou claudicante e assustou várias vezes a torcida da casa, que compareceu em bom número ao estádio, em uma tarde de calor no inverno paulistano. Na saída do jogo, a torcida vaiou a equipe palmeirense.

No lado baiano, o empate não é uma tragédia, mas se colocado em contexto, aprofunda a crise vivida no clube de Salvador. Foi o décimo jogo sem vitória, e a equipe segura a vice-lanterna da competição, com apenas dez pontos em 13 jogos. Especula-se que o ex-palmeirense Gilson Kleina será chamado para tentar salvar a equipe de um rebaixamento.

Fases do jogo: O primeiro tempo teve ritmo sonolento em seus trinta primeiros minutos, com as duas equipes mostrando muita dificuldade para desenvolver seu jogo. O Palmeiras abusava dos chutões, enquanto o Bahia parecia perdido na marcação adversária. Apenas no final, o alviverde que, dominava a posse de bola, conseguiu movimentar melhor suas peças e criou algumas chances de gol, principalmente com Wesley. O Bahia contava apenas com falhas na defesa rival para assustar o goleiro alviverde.

O segundo tempo foi muito mais movimentado, principalmente por causa da entrada de Weldinho, que imprimiu mais dinâmica à lateral direita do Palmeiras. Depois que o Bahia perdeu três chances de gol, o time da casa respondeu rápido e abriu o placar com Henrique, ao subir na área e completar de cabeça para as redes. Mas o tricolor baiano reagiu rápido, e Kieza empatou dois minutos depois ao completar cruzamento da esquerda de primeira.

Nos minutos finais, o Palmeiras ensaiou uma pequena pressão, conseguiu finalizar algumas vezes, mas não chegou ao segundo gol.

O melhor: Henrique. Além do gol de cabeça, o atacante por pouco não marca um golaço ao completar de esquerda e de primeira um levantamento na área. A bola quase entra no ângulo. Em um jogo de pouco brilho individual, Henrique foi um dos poucos destaques.

Os piores: Marcelo Oliveira e Lúcio. A zaga palmeirense gosta de altas emoções. A dupla bateu cabeça em vários momentos da partida e, em suas falhas, o Bahia construiu seus principais lances de perigo. O capitão Lúcio ainda protagonizou um lance de inépcia técnica ao não dominar uma bola simples no ataque.

Para lembrar:

Lúcio mascarado. O zagueiro voltou ao Palmeiras após ser desfalque nos últimos três jogos. Por ter sofrido uma fratura na face, ele usou uma inusitada máscara que o protegeu de ameaças na região durante o primeiro tempo. Na segunda etapa, ele abriu mão da proteção.

Crise tricolor. O Bahia chegou ao décimo jogo sem vitória no Brasileiro e se afunda cada vez mais na zona do rebaixamento. Ainda sem técnico após a demissão de Marquinhos Santos, o clube pode anunciar Gilson Kleina nos próximos dias.

Crise alviverde. Já o Palmeiras, chegou ao sétimo jogo sem triunfo no Nacional. O título da Copa Euro-americana foi um alívio no meio de tantos resultados ruins, mas a realidade no Brasileiro é diferente. Gareca deve começar a sofrer cada dia mais pressão interna.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 1 BAHIA

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 03 de agosto de 2014 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique - RJ (FIFA)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone - RJ (ASP-FIFA) e Gilberto Stina Pereira - RJ (CBF-2)
Cartão amarelo: Titi, Rhayner, Kieza (Bahia); Wendel, Lúcio, Leandro (Palmeiras)
Gols: Henrique, aos 15min, Kieza, aos 17min do 2º tempo
Público: 16.805 pessoas

PALMEIRAS: Fábio; Wendel (Weldinho), Lúcio, Marcelo Oliveira e Victor; Josimar, Wesley, Felipe Menezes (Patrick Vieira) e Mouche (Mendieta); Leandro e Henrique
Técnico: Ricardo Gareca

BAHIA: Marcelo Lomba; Roniery, Demerson, Titi e Pará; Fahel (Feijão), Rafael Miranda e Uelliton; Marcos Aurélio (Henrique), Rhayner e Kieza (Emanuel Bianchucci)
Técnico: Charles