Abel quase dobra vitórias de Dunga em 2013 e dá esperança ao Inter

A diferença entre o Internacional de 2013 e o atual pode ser medida pelos números – seja a simples posição na tabela ou o aproveitamento. Sob o comando de Dunga, o Colorado conseguiu cinco vitórias na temporada passada em 15 rodadas do Brasileirão. Neste ano, com Abel Braga, o time gaúcho tem nove triunfos no mesmo período e traz consigo o reflexo: trocou a oitava posição pela vice-liderança, onde briga efetivamente pelo título.

No ano passado, neste ponto da disputa, o Colorado de Dunga tinha 48,9% de aproveitamento. Com cinco vitórias, sete empates, três derrotas e a quarta pior defesa – dona de 23 gols contra. Uma campanha de oscilação, ao contrário do desempenho atual.

Em 2014 o Inter já conquistou 69% dos pontos que disputou em 15 partidas. Tem quase o dobro de vitórias em relação ao ano passado – são nove, e apenas 11 gols sofridos. Ficando em segundo no ranking das defesas menos vazadas, atrás apenas do Corinthians.

Um ponto distinto entre os times é a presença do Beira-Rio, mesmo que os números do período não indiquem tanta influência assim. Dunga foi escolhido pela diretoria vermelha justamente para organizar o vestiário e segurar uma temporada que já prometia ser difícil, pela ausência do estádio.

“O pessoal que já estava aqui no ano passado sabe como é difícil jogar sem o Beira-Rio”, comentou Juan, homem de confiança de Dunga e também agora, com Abel.

Mas até a 15ª rodada de 2013, o Inter tinha conquistado 60% de suas vitórias como mandante – ganhando de Flamengo, Vasco e Criciúma. No estádio alugado, contudo, também perdeu duas das três derrotas acumuladas. No fim, a ausência do estádio foi tratada como motivo para a queda de rendimento e virou uma das razões para demissão de Dunga.

Com a sequência de cinco vitórias que tem agora, o Internacional de Abel Braga está de vez no páreo. A ideia do treinador já ecoa em todas as entrevistas no Beira-Rio: mais importante que assumir a ponta, é seguir perto do Cruzeiro. Colocado no topo. E aguardando a hora de transformar os números distintos de um ano para o outro em algo concreto.