Crise? Argentino mostra jogo de cintura e diz que Palmeiras vive só má fase

"Nervoso? Você me vê nervoso?". A resposta de Pablo Mouche para a pergunta sobre o incômodo de falar da luta contra o rebaixamento surpreendeu muitos jornalistas na manhã desta terça-feira (19) na Academia de Futebol. O atacante do Palmeiras mostrou um grande jogo de cintura e, por vezes, até confrontou perguntas que insinuavam que sua equipe vivesse um momento de crise.

De acordo com ele, essa palavra ainda não pode ser usada para a sua equipe, que passa apenas por um momento ruim no Campeonato Brasileiro.

"Isso é uma pergunta?", começou ele ao ser indagado sobre a crise que vive. "A gente não está em crise. Estamos em uma situação difícil e não queríamos estar assim. Ninguém gosta dos últimos resultados, mas precisamos dar a cara, treinar cada vez mais e enfrentar isso com atitude e compromisso", disse o escolhido para a coletiva.

O argentino disse, ainda, que entende o pensamento de Ricardo Gareca sobre seus limites e afirmou que, nessa hora, é importante ganhar para dar apoio a todos os que trabalham no clube. Por isso, agradeceu aos pedidos dos torcedores pela permanência do técnico. 

Ele ainda rechaçou o racha entre brasileiros e argentinos, levantado por alguns conselheiros, como afirmou o Blog do Perrone. "Eu já estive em uma má fase no Boca e as pessoas começam a falar coisas que não são verdade". 

Mouche também revelou que o grupo recebeu o apoio da comissão técnica de Gareca, que comandou uma reunião minutos antes do trabalho começar nesta terça-feira.

"Eles nos passaram que a gente jogou bem contra o São Paulo, que estávamos bem fisicamente também. A verdade é que a gente não está jogando mal, mas os resultados não estão vindo. Só o Corinthians que jogou melhor que a gente mesmo. Fizemos partidas parelhas. Vamos seguir trabalhando para não cometer novos erros", completou.

O Palmeiras joga nesta quarta-feira às 19h30, em Recife, diante do Sport. A vitória é necessária para evitar que a equipe passe o aniversário de 100 anos na zona de rebaixamento.