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Dunga "desfalca" Corinthians, mas equipe não vai pedir adiamento de jogos

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

21/08/2014 06h00

O Corinthians será desfalcado por pelo menos três jogadores nas datas Fifa do início de setembro, mas ainda assim não pedirá adiamento de suas partidas à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A ideia do clube do Parque São Jorge é guardar essa cartada para a metade final do Brasileiro, quando os compromissos podem ser mais importantes e decisivos.

A decisão foi tomada em uma série de reuniões realizadas desde terça, quando Dunga convocou Elias e Gil para os amistosos contra Colômbia e Equador, em 5 e 9 de setembro, respectivamente. Guerrero já foi chamado para o Peru e Lodeiro e Romero podem jogar por Uruguai e Paraguai, respectivamente.

Não há nenhum dispositivo legal que permita que um clube solicite o adiamento de suas partidas por conta de convocações. Em outras oportunidades, porém, a CBF já cedeu às pressões dos cartolas prejudicados pelo calendário que não para.

O Corinthians consultou a entidade informalmente para saber o que aconteceria se pedisse o adiamento dos jogos contra Bragantino (Copa do Brasil), Criciúma e Atlético-MG (ambos do Brasileiro), quando não terá os convocados. Ouviu que não se pode mexer no torneio mata-mata, mas que as partidas do Brasileiro poderiam ser adiadas.

O problema é que há pouco espaço no calendário e essa movimentação poderia ocorrer no máximo uma vez. Assim, se sofresse em novas datas Fifa, o Corinthians não seria mais atendido.

Até o fim do ano, as seleções ainda se reunirão em outubro e novembro. Na janela de outubro, por exemplo, o Corinthians poderia ficar desfalcado no duelo contra o Cruzeiro, fora de casa, justamente o grande rival na briga pelo título.

“O Corinthians não vai pedir o adiamento dos jogos. Nos reunimos, conversamos sobre o assunto e tecnicamente, se poderemos ter pequena vantagem agora, lá na frente poderíamos ter um prejuízo muito maior. Não adianta transferir o problema. Sou daqueles que pensa que o primeiro prejuízo é muito menor”, disse Mano ao tratar do assunto.