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Grêmio ainda não vê fase calma e radicaliza nas contas de pontuação

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

25/08/2014 06h00

O Grêmio venceu o Corinthians, com dois gols de Barcos, e agora vai embalar. A torcida pode até pensar assim, mas Felipão e os jogadores não. Para o treinador, a fase não é para gerar euforia ainda. Na visão dele, o time ainda precisa somar 20 pontos para ter paz no Campeonato Brasileiro. A meta citada por Scolari remete ao número usado como base no cálculo da luta contra o rebaixamento.

A conta de Felipão é radical, mas leva em consideração a tabela. Sétimo colocado com 25 pontos, o Grêmio tem apenas duas vitórias a mais que o Criciúma – primeiro integrante da zona de rebaixamento. O plano, que parece ficar cada vez mais claro, é manter a corda esticada com o argumento dos 45 pontos para sonhar com o topo da tabela.

“Calma nós só vamos ter quando nós ultrapassarmos os 45 pontos. Só vamos ter quando ganharmos três, quatro ou cinco jogos seguidos. Não estamos no bolo da classificação, estamos longe. Então não dá para ter calma”, disse o treinador.

Entre os jogadores o discurso é o mesmo. Pés no chão e cabeça no lugar, sem pensar em voos maiores agora no Brasileirão. Só que nenhuma citação explicita ao número exposto por Scolari – talvez em mais um golpe diversionista diante dos microfones.

“A gente está em busca de uma regularidade, mas claro que existem percalços e momentos difíceis. Pensar em título agora é precoce, é algo que foge da nossa realidade no momento. Temos que tentar uma série de vitórias primeiro. Estávamos em uma posição não muito confortável”, comentou Zé Roberto.

Até o final do primeiro turno, o Grêmio enfrenta Bahia e Flamengo. Um jogo em casa e outro fora, respectivamente. O plano de Felipão é conseguir pelo menos mais uma vitória. Antes de tentar alcançar o objetivo parcial do treinador, o time volta suas atenções para a Copa do Brasil. Na quinta-feira, recebe o Santos no jogo de ida das oitavas de final.