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Inter precisa se reerguer sem D'Ale e com ataque em crise há seis jogos

Último gol de atacante do Inter ocorreu em 03 de agosto, com Rafael Moura (f) diante do Santos - Alexandre Lops/Divulgação AI Inter
Último gol de atacante do Inter ocorreu em 03 de agosto, com Rafael Moura (f) diante do Santos Imagem: Alexandre Lops/Divulgação AI Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

29/08/2014 06h00

A missão do Internacional contra o Palmeiras, no próximo sábado, é se reerguer. Com três derrotas consecutivas, juntando Copa Sul-Americana e Brasileirão, o time de Abel Braga precisa ganhar em São Paulo para seguir no G-4 e espantar a crise. Mas a missão se torna dura pelo contexto, que tem D’Alessandro como desfalque e um ataque que não marca gols desde o dia 03 de agosto.

D’Ale está lesionado e suspenso. O capitão do time, e líder técnico da equipe, sentiu uma lesão muscular na véspera da partida com o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Viajou mesmo assim e lá forçou o terceiro cartão amarelo. A baixa dele na 18ª rodada dificulta uma missão que já vinha sendo difícil. Mesmo com o gringo em campo, o Colorado caiu de produção.

O time que conseguiu cinco vitórias seguidas, e ganhou o status de adversário do Cruzeiro na luta pelo título do Campeonato Brasileiro, parou de vencer. E talvez pela queda incrível de rendimento do ataque. O último gol marcado por um jogador do setor foi diante do Santos, no começo do mês. Rafael Moura aproveitou uma falta ao lado da área e garantiu o triunfo no Beira-Rio. Desde então, se passaram seis partidas e nas últimas três sequer saiu gol.

“A gente sente dificuldade por só jogar com um atacante. O resto tudo é meia e eles não entram na área. Quando eu entro e jogo ao lado do Rafael, melhora um pouco por ter mais gente lá dentro. É uma opção do Abel, claro que a gente respeita, mas com outro cara lá fica melhor. Desse jeito nós ficamos isolados”, disse Wellington Paulista após a derrota para o Bahia, por 2 a 0.

Depois da vitória diante do Santos, o Inter ganhou de Grêmio e Goiás, mas sem a marca de seu ataque. No clássico os gols saíram com Aránguiz e Cláudio Winck. Em Goiânia um gol contra premiou o time dirigido por Abel Braga. Nas partidas mais recentes, diante de São Paulo, Atlético-MG e Bahia todo a equipe parou de fazer gol. Nenhum chute entrou mais.

“Isso aí é muito difícil, é muito relativo. Às vezes tem zagueiro, lateral fechando lá na área. Fizemos muitos gols já, não podemos ter desaprendido como é. No jogo contra o Goiás, quando eles fizeram contra, tinha três nossos na área, então depende da jogada”, minimizou o lateral esquerdo Fabrício.

Diante do Palmeiras, Rafael Moura deve voltar ao time titular. Chamado de vilão por perder um gol sem goleiro contra o Atlético-MG, o artilheiro do Inter em 2014 vai precisar se virar com a manutenção do esquema criticado abertamente. E sem D’Alessandro, o maestro do time, para ajudar.