Mais irregular entre os times do topo, Corinthians sofre com gangorra
Entre os cinco primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, candidatos destacados ao título nacional, ninguém oscila tanto quando o Corinthians. Na comparação com Cruzeiro, Inter, São Paulo e Fluminense, o time de Mano Menezes é o único que não conseguiu emplacar mais de duas vitórias consecutivas.
A irregularidade deixa o time em uma gangorra incômoda, fazendo que o elenco vire refém da expectativa que cria. Depois de 18 rodadas, o Corinthians só fez “dobradinhas” contra Flamengo e Chapecoense e Sport e Cruzeiro.
O Cruzeiro, líder do Brasileiro, teve duas séries de quatro triunfos (entre elas a atual) e uma de três. O Inter, vice, chegou a cinco jogos seguidos somando três pontos. O São Paulo fez a “quadra” uma vez e até o Fluminense, quinto colocado, teve três vitórias consecutivas.
Não por acaso, o Corinthians é o time que mais empatou no Brasileiro: oito vezes, contra duas do Cruzeiro, quatro do Inter, seis do São Paulo e três do Fluminense. A sequência, além dos pontos, ajuda a dar corpo ao time e passa confiança aos jogadores, que não ficam tão sujeitos aos humores dos críticos e da torcida na hora de entrarem em campo.
Mano Menezes é o reflexo dessa gangorra. Quando o time foi bem, disse que o time ainda precisava evoluir e pediu calma. Na hora em que a equipe foi mal, se irritou com o que considerou cobranças exageradas. Para ele, o time não é 8 nem 80, mas é avaliado sempre nos dois extremos.
No início do Brasileiro, o Corinthians argumentava que o time estava em formação, com jogadores em vista, como Elias. Antes da Copa, então, o time teve atuações elogiáveis como a vitória sobre o Cruzeiro, mas também empacou quando encarou pequenos diante da sua torcida, como Figueirense e Atlético-PR.
Depois do Mundial, já com os contratados devidamente alinhados no time titular, o time chegou a arrancar elogios em jogos como a vitória sobre o Palmeiras. Só que a escalação encontrada por Mano Menezes funcionou na defesa, mas penava no ataque, e os empates contra Coritiba e Bahia tiraram todo mundo do sério.
Em uma fase mais recente, o treinador vem tendo trabalho para substituir Petros, e ora ataca bem, como contra o Goiás, ora defende mal como diante do Fluminense. Às vezes, as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, assim como foi diante do Grêmio.
O dilema atual é justamente esse: o equilíbrio entre produzir bem e defender com consistência. Mais uma vez, porém, o Corinthians se encontra em um processo de definição de um time titular, como o próprio treinador explicou ao justificar a ausência de Petros, que aguarda julgamento do STJD.
“É a necessidade de projetar uma equipe imaginando uma situação mais drástica que é não liberação. Isso que passamos sem ele é para encontrar uma nova forma de jogar”, disse Mano Menezes, que já testou Lodeiro, Renato Augusto e Lodeiro com Renato Augusto, ainda sem se decidir por uma única formação.
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