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Empate com Criciúma expõe necessidade de atacantes no Corinthians

Do UOL, em São Paulo

08/09/2014 06h00

Com Tite ou com Mano Menezes, o ataque nunca foi o principal ponto forte no Corinthians. Na edição atual do Brasileirão, o alvinegro tem 24 gols em 19 jogos – média de 1,23 gol por jogo. A partida deste domingo, porém, deixou claro: a escassez de atacantes se agravou, e o clube pode enfrentar problemas na sequência do campeonato caso não consiga trazer alguns reforços.

Romarinho se transferiu nesta semana para o Al Jaish, do Qatar. O jogador não estava em alta com Mano Menezes, mas era o artilheiro da equipe no ano, com 12 gols. Neste domingo, ficou claro que uma combinação nada improvável de lesões, convocações e suspensões pode deixar Mano sem opções para o setor ofensivo.

Guerrero é o único centroavante – todos os outros (Luciano, Romero e Malcom) são jogadores de velocidade. Pela característica, o peruano é o único que mostra eficiência atuando sozinho na frente.

Contra o Criciúma, porém, o camisa 9 estava com a seleção peruana. A suspensão de Luciano deixou apenas Romero e o jovem Malcom como opções: o resultado foram chances desperdiçadas, a melhor delas pela promessa da base alvinegra. Após o jogo

O cenário poderia ser atribuído a circunstâncias excepcionais, mas tem tudo para se repetir no restante da temporada. Se estiver em condições físicas, Guerrero ainda deve jogar pelo Peru em outubro, diante do Chile, e em novembro, duas vezes, contra o Paraguai.

Caso se destaque, Romero deve voltar à seleção paraguaia. Maicon também deve entrar na mira de Gallo para as seleções de base. A chance de convocações aliadas a possíveis lesões ou suspensões mostram um alto risco de que o ataque do Corinthians, que já não estava entre os melhores do país, pode acabar seriamente desfalcado em momentos chave do Brasileirão.

Apesar disso, Mano Menezes minimizou a falta de opções. “Não estou desesperado, pode ter parecido, mas não estou” disse, após o empate sem gols deste domingo.

Fora dos holofotes, o comandante corintiano já pediu a contratação de um atacante, e a diretoria separou parte do contrato de patrocínio com a Carsystem para atender ao pedido. O favorito era Nilmar, mas sua pedida assustou os cartolas, e o negócio naufragou.

Agora, o plano B da cúpula alvinegra é buscar um reforço de patamar menor, no próprio mercado nacional, para, ao menos, suprir a ausência deixada por Romarinho.

O Corinthians volta a campo na quinta-feira, quando recebe o Atlético-MG no Itaquerão. Com 33 pontos, fechou o primeiro turno do Brasileiro na quarta colocação, a dez pontos do líder Cruzeiro.