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Descanso? Para salvar Palmeiras da degola, Dorival muda a rotina

Do UOL, em São Paulo

09/09/2014 06h00

Folga? Trabalho regenerativo? Nada disso. O Palmeiras jogou neste domingo, às 18h30, no Paraná, mas, nesta segunda, Dorival Júnior comandou um intenso treino tático na Academia de Futebol. Em seu quarto dia de trabalho, o treinador mostra mudanças drásticas na rotina alviverde, visando garantir a permanência na Série A do Brasileirão.

Com Gareca, após dias de jogos, eram comuns as folgas para o elenco ou treinamentos apenas com os reservas. Mesmo quando iam a campo, os jogadores não realizavam trabalhos táticos. A realidade mudou com o novo comandante.

O argentino, aliás, preferia não incluir treinos táticos quando o calendário apertava, no meio de semana. A filosofia foi um dos estopins para que o ex-técnico começasse a perder prestígio com a cúpula alviverde – em sua última partida no cargo, diante do Internacional, escalou Mendieta como volante, em uma formação na qual não havia treinado nenhuma vez.

O Palmeiras foi um dos campeões do primeiro turno em número de jogadores testados – foram mais de 35. Gareca, enquanto esteve no comando da equipe, não repetiu a escalação nenhuma vez .

Dorival dá sinais de que irá mudar isso – no treinamento desta segunda, pretendia repetir a equipe que jogou no domingo – só não pode fazê-lo porque Wellington, com lesão no tendão de aquiles, está vetado. Victorino, que substitui o companheiro aos cinco minutos da primeira etapa na Arena da Baixada, treinou entre os titulares.

O novo técnico já escolheu um esquema tático, e irá repetí-lo: a formação é com três atacantes – Diogo, Leandro e Henrique – e com o lateral esquerdo Juninho como responsável pela armação no meio de campo.

Mudanças só devem ocorrer dentro de pelo menos duas semanas, quando os jogadores lesionados, casos de Valdivia, Fernando Prass, Wesley e Lúcio, devem ficar à disposição.

As atividades táticas e a manutenção de um time base são vistas como importantes para que Dorival consiga atingir seu objetivo de dar padrão e organização à equipe em meio a uma maratona de jogos. Nas próximas duas semanas, a equipe joga em todos os finais e meios de semana.

“Está na hora de repensar isso (calendário) no futebol brasileiro, mas temos de conviver. Já sabia antes de assinar o contrato. Temos de enfrentar e trabalhar o máximo possível no pouco tempo que houver”, disse o técnico.

A partida da próxima quarta-feira é fundamental: o adversário é o Criciúma, que ocupa a 17ª colocação, com 18 pontos – mesma pontuação do Palmeiras, 16º.