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Ataque em noite ruim e excesso de desfalques freiam reação do Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

12/09/2014 06h00

O Atlético-MG teve a reação no Brasileirão freada logo na abertura do returno, ao ser derrotado pelo Corinthians, por 1 a 0, na noite de quinta-feira. O fraco rendimento ofensivo, o entrosamento prejudicado pelo excesso de lesões e a dificuldade de entender a arbitragem foram alguns dos motivos que explicam a queda do time mineiro no Itaquerão.

O principal problema do Atlético foi a má atuação do seu ataque. Levir Culpi deu chance para seis jogadores do sistema ofensivo, entre meias e atacantes, mas o Atlético não conseguiu marcar gols e desperdiçou chances para marcar na casa do adversário. 

Luan teve atuação discreta. O jogador teve duas chances de finalização de dentro da área, mas acabou errando. Diego Tardelli, que voltou da seleção brasileira e atuou por 90 minutos, mostrou boa movimentação, mas não teve grandes oportunidades para marcar. 

Os centroavantes também mostraram que a fase continua ruim. Jô foi o titular, mas voltou a passar em branco. Ele teve uma chance no início do jogo, mas cabeceou em cima do goleiro Cássio. André entrou no segundo tempo e teve a melhor chance do time, em passe de Guilherme, quando o avante matou no peito, mas deixou a bola adiantar e foi desarmado pelo arqueiro corintiano.

“A questão do Jô é problema quando a bola não entra, ele não tem jogado tecnicamente mal, tem ajudado, mas é problema porque a bola não entra. A gente vai mudando, tem hora que é melhor tirar. Não tem uma receita, para cada jogo a gente vai pensando o que é melhor fazer”, observou o técnico Levir Culpi.

O alvinegro de Belo Horizonte voltou a perder depois de cinco partidas, em que havia vencido quatro e empatado uma, em jogos pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil. O resultado impediu o Atlético de ultrapassar o Corinthians e ficar mais próximo do G-4.

“Se a gente fizesse duas vitórias (Corinthians e Grêmio), a gente estaria no G-4. Não vencemos o Corinthians. Mas a gente está começando agora o segundo turno”, reconheceu Levir Culpi.

Mais uma vez o excesso de desfalques, 11 no total, prejudicou a atuação atleticana. O time não contou, entre outros, com Réver, Pedro Botelho, Pierre, Josué, Rafael Carioca, Marion, Maicosuel e Dátolo, que estão machucados.

“Eu procuro não lamentar esses desfalques, procuro nem saber o número de jogadores ausentes. É oportunidade para ouros atletas. Mas é claro que prejudica o trabalho. Mas temos um bom elenco, tínhamos jogadores da base no banco e aos poucos estamos dando chance a esses atletas”, ressaltou Levir Culpi.

A principal reclamação dos atletas, ao final da partida, foi em cima da arbitragem de Dewson Fernando de Freitas da Silva. O lateral-direito Marcos Rocha reclamou a não marcação de impedimento de Romero, no lance que originou a jogada para o gol do volante Petros. O goleiro Victor, por sua vez, criticou o excesso de faltas do Corinthians após a vantagem no placar.

Durante os 90 minutos, o alvinegro mineiro mostrou dificuldades em entender o estilo da arbitragem, que deixou o jogo mais livre e sem marcar muitas faltas. Exemplo disso, foi o fato do duelo ter tido apenas um cartão amarelo, para Petros, do Corinthians, já no final do jogo. “O juiz deixou de marcar algumas faltas, deixou o jogo solto, difícil, tivemos dificuldades, mas temos de nos acostumar com os estilos diferentes de arbitragem”, ressaltou o volante Leandro Donizete.