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Ganso foi pai de novo. Inspirado no filho, ele dá trabalho ao Corinthians

Gustavo Franceschini*

Do UOL, em São Paulo

20/09/2014 06h00

Paulo Henrique Ganso terá um clássico especial para disputar no próximo domingo, contra o Corinthians, no Itaquerão. Além de todos os fatores esportivos que envolvem a partida, decisiva para o clube tricolor no Campeonato Brasileiro, pessoalmente também será um jogo relevante para o camisa 10, o primeiro após o nascimento do filho Henrico. Azar dos corintianos, já que o herdeiro dá sorte ao pai.

O filho tomou as atenções de Ganso na última sexta. O meia foi liberado do treino pelo São Paulo para acompanhar o nascimento de Henrico. Aos 24 anos de idade, o meia será pai pela segunda vez (a primogênita Maria Vitoria tem dois anos), mas será a primeira com a mulher Giovanna Costi, com quem ele se casou em maio de 2013.

Foi após um clássico contra o Corinthians que Ganso revelou, há pouco mais de seis meses, que sua mulher estava grávida. O casal já sabia da notícia, obviamente, mas deixou para torná-la pública justamente depois de uma grande atuação do meio-campista, uma de suas melhores em um ano que vem sendo especialmente bom para ele.

O jogo em questão foi válido pela primeira fase do Campeonato Paulista, e decidiu o futuro do Corinthians na competição. No Pacaembu, Ganso coordenou o jogo são-paulino, desmontou o sistema defensivo montado por Mano e aproveitou todos os espaços que teve. Fez um golaço de esquerda, de fora da área, e foi decisivo para a vitória por 3 a 2 do seu time. Depois da partida, anunciou a gravidez da mulher nas redes sociais, aproveitando o bom momento.

Hoje, Ganso nem precisa do incentivo extra para jogar, seu status no São Paulo e no futebol brasileiro mudou. Promessa cercada de expectativas há quatro anos, ele deixou de ser o camisa 10 que só ocupa a faixa central do campo, entre volantes e atacantes, e que se movimenta pouco.

Ganso mudou com a entrada de Kaká no time. No esquema de Muricy Ramalho, os dois jogam espelhados, um em cada lado do campo. A disposição do melhor do mundo de 2007 em acompanhar o lateral rival e se desdobrar em funções defensivas, portanto, exigem um novo comportamento do meia mais jovem.

O resultado é um Ganso participativo, que está mais perto da bola quando a jogada adversária termina e colado no rival quando o ataque do São Paulo acaba. Combinado com Kaká, Alan Kardec e, principalmente, Alexandre Pato, ele fez quatro gols e deu sete assistências no Campeonato Brasileiro.

Se naturalmente Ganso dividiria o status de estrela do São Paulo com Alexandre Pato, artilheiro do time no torneio com oito gols, neste domingo ele estará mais isolado. O atacante, por força de contrato, não pode enfrentar o ex-clube enquanto estiver emprestado ao clube do Morumbi. É hora, então, do camisa 10 mostrar para Henrico o que o pai dele pode fazer. 

*Colaborou Guilherme Palenzuela