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Árbitro relata conflito com "artefatos explosivos" entre torcidas rivais

Do UOL, em Belo Horizonte

21/09/2014 20h05

O árbitro Marcelo de Lima Henrique relatou na súmula do clássico em que o Atlético-MG venceu o Cruzeiro, por 3 a 2, neste domingo, no Mineirão, problemas com “artefatos explosivos”, atirados por torcidas organizadas dos dois rivais. O problema aconteceu no primeiro tempo e o fez paralisar a partida por alguns minutos,

Segundo o relato do árbitro da partida, ele foi informado pela Polícia Militar que membros da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético e Pavilhão Independente, do Cruzeiro, se confrontaram nas cadeiras do Mineirão.

“Interrompi a partida aos 41 minutos do primeiro tempo, após ouvir estouros de artefatos explosivos que vinham da divisa das duas torcidas. Solicitei a administração do estádio e ao policiamento encarregado, que tomassem as devidas providências para o prosseguimento da mesma,”, escreveu.

De acordo com o árbitro, entre as providências, houve o aviso no sistema de som e o reforço de policiamento na área de divisão das duas torcidas. “Após as medidas, não houve mais nenhum incidente relacionado ao uso de artefatos explosivos, transcorrendo a partida normalmente”, observou na súmula eletrônica.

“Ao final da partida fui informado pelo sargento PM Bárcaro, comandante do policiamento interno do estádio, que os artefatos explosivos foram lançados pelas torcidas Galoucura do Clube Atlético Mineiro e Pavilhão Independente do cruzeiro Esporte Clube, uma contra a outra, não sabendo precisar quem iniciou o citado confronto”, acrescentou o árbitro da partida na súmula eletrônica.

A partida foi interrompida no final do primeiro tempo, quando o Atlético abriu 2 a 0. Torcedores atleticanos comemoraram nas cadeiras do Mineirão e soltaram bombas. Alguns foram detidos e identificados por parte da torcida.

O técnico Levir Culpi e alguns jogadores do Atlético chegaram a caminhar em direção a torcida atleticana para pedir calma. Depois de cerca de três minutos, a partida foi recomeçada e o time celeste conseguiu descontar ainda no final do primeiro tempo.

Nenhum outro tipo de problema envolvendo as duas torcidas ou jogadores dos dois clubes foi relatado na súmula eletrônica pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique e disponibilizada na noite deste domingo pelo site da CBF.

Vandalismo

Mas, foram registradas depredações e atos de vandalismo, nos setor que divide as torcidas de Atlético e Cruzeiro. Cadeiras foram quebradas, muito lixo e sujeira, além de uma invasão de torcedores a um bar. Pelo menos duas pessoas foram detidas e conduzidas à delegação que funciona no próprio Mineirão. O sistema de vigilância por câmeras de vídeo deverá ser usado para que as autoridades policiais e a Minas Arena, concessionária responsável pelo Gigante da Pampulha, consiga identificar os responsáveis pelos atos.