Atlético-MG não admite culpa na confusão no Mineirão, mas espera julgamento
O advogado do Atlético-MG, Lucas Ottoni, já espera uma denúncia contra o alvinegro mineiro, que o leve a julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas não vê culpa por parte do clube atleticano nas confusões que aconteceram na vitória sobre o Cruzeiro, por 3 a 2, no clássico de domingo.
O advogado culpou as medidas de segurança do Cruzeiro e da Minas Arena, empresa que administra o Mineirão. “Tudo que estava ao alcance do Atlético ontem ele fez, porque a Minas Arena segue ordens do Cruzeiro, é o Cruzeiro quem faz a segurança, e me permita dizer que o Cruzeiro faz na medida do possível”, disse Lucas Ottoni, em entrevista à Rádio Itatiaia.
“O policiamento estava presente, eu estava no estádio e até a ajudei a conduzir um torcedor que acendeu um sinalizador. Na delegacia ele foi identificado, preso e vai responder a processo criminal. Mas o que a gente tem visto no futebol brasileiro é uma transferência de responsabilidade”, acrescentou o advogado atleticano.
Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira, a Minas Arena informou que ainda está fazendo o levantamento dos estragos no estádio após o clássico, mas já revelou que pelo menos 100 cadeiras foram danificadas e houve a invasão a um bar.
Lucas Ottoni afirmou que o Atlético tentará identificar os torcedores do clube que participaram das confusões do lado de dentro do estádio, mas prevê dificuldades. “O Mineirão tem câmeras, a gente vai atuar para tentar identificar, mas acho muito difícil. Eu acho que, infelizmente, a revista na entrada do estádio é falha”, explicou.
“O relato da Polícia, se me permite, é incoerente, porque a gente ouviu no Mineirão, no intervalo da partida, que bombas de efeito moral, da própria Polícia, e o árbitro disse que recebeu outro tipo de informação, que essas bombas teriam sido de uma torcida a outra, e num clássico desse é muito chato a gente estar falando desses episódios que provavelmente vai ser julgados pelos STJD”, acrescentou o advogado.
Ottoni considera que o Atlético não teve culpa pelos acontecimentos no clássico, mas já aguarda por julgamento por parte do STJD. “O clube, que é clube de futebol, que é entidade de prática desportiva, agora passar a ter de se preocupar não só com o plantel de jogador de 20, 30, com treinador, preparador físico, o CT, tudo isso que o Atlético faz muito bem, mas talvez o presidente que assuma o Atlético, a partir de janeiro, vai ter de preocupar com um diretor de segurança, é muito triste a gente ver isso”, disse.
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