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Kalil 'isenta' clubes e pede prisão de torcedores que atiram bombas

Do UOL, em Belo Horizonte

22/09/2014 11h22

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, pediu a intervenção do Ministério Público e da Polícia Militar em relação à confusão ocorrida no clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, domingo passado, no Mineirão. O dirigente disse que os clubes não tiveram culpa nos problemas no estádio e cobrou a prisão dos torcedores que se confrontaram com bombas, fato que foi registrado na súmula do árbitro Marcelo de Lima Henrique.

“Cabe ao clube de futebol não dar ingresso para torcida organizada, não dar acesso a torcida organizada. Mas quem prende bandido não é presidente de clube de futebol, é polícia. Há no futebol, o cartola é o demônio, tem de prender a torcida organizada, ele que tem de proibir, julgar, pera aí tenho de pagar folha de pagamento, pagar imposto, quem prende é polícia. Tem presidente de torcida organizada do Atlético preso por assassinato”, disse Alexandre Kalil, em entrevista à ESPN Brasil.

Marcelo de Lima Henrique relatou em súmula, após a vitória do Atlético, por 3 a 2, que membros das torcidas organizadas Galoucura, do Atlético, e Pavilhão Independente, do Cruzeiro, se confrontaram no estádio e atiraram “artefatos explosivos” que geraram até a paralisação do jogo, ainda no primeiro tempo.

“O Marcelo de Lima Henrique relatou que as duas torcidas jogaram uma bomba na outra, vamos esclarecer isso, pois se não fica parecendo que só a torcida do Atlético jogou bomba, mas foi relatado que foi bomba pra lá e para cá”, ressaltou o dirigente atleticano.

Kalil culpou a Minas Arena, que administra o estádio e fez a segurança na área interna do Mineirão e pediu para que a polícia prenda os torcedores baderneiros. “Quem tem de cuidar da segurança do estádio é o empreiteiro, que está enchendo o pandu de dinheiro e que não tem responsabilidade de nada. Estamos mandando ofício para o Governo para saber por que eles proibiram a segurança feita pela Polícia Militar”, afirmou. 

“A Polícia tem de prender, a Justiça tem de condenar e colocar na cadeia. Ministério Público em Minas Gerais adora dar entrevista e mexer com bobagem. Prende, coloca na cadeia. Por que o cara dar tiro no futebol é diferente de dar um tiro na porta da minha casa? É a mesma coisa”, ressaltou o dirigente.

Para Kalil, o Atlético não teve culpa nos episódios que aconteceram no clássico. “Eu não tenho nada com isso, pegou prendeu, bota na cadeia e apodrece lá. Eu não tenho culpa, não dou ingresso, já falei que se alguém falar que eu dou um ingresso para organizada eu renuncio da presidência. Agora, se tem camisa de organizada, não me interessa, tem de comprar ingresso para colocar o dinheiro dentro do clube”, ressaltou.