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Após incidentes, Atlético abre mão de ingressos como visitante no clássico

Do UOL, em Belo Horizonte

23/09/2014 19h14

Por causa dos incidentes ocorridos entre torcedores dos dois rivais, relatados em súmula pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, revelou sua intenção de seguir o rival Cruzeiro e abrir mão dos 10% de ingressos para torcedores alvinegros, quando o mando for celeste.

Atlético não quer mais ingresso quando o jogo é do Cruzeiro, porque não é possível continuar desse jeito. Eu sou do tempo que o Mineirão cabia 150 mil pessoas, já encolheu, sou do tempo em que as torcidas tinham acesso ao Mineirão já não podem mais, em vez de melhorar o negócio está piorando brutalmente”, desabafou Kalil, em entrevista à Fox Sports. “Futebol virou coisa de bandido marginal”, acrescentou.

Segundo o dirigente atleticano, essa medida vai vigorar até o final deste ano, já que ele deixará o cargo em dezembro e poderá ser modificada pelo futuro presidente do clube. Atlético e Cruzeiro já se enfrentaram duas vezes pelo Brasileirão, com triunfos atleticanos, por 2 a 1 e 3 a 2. O clássico, no entanto, ainda poderá ocorrer pela Copa do Brasil. “Enquanto for presidente sim, depois o novo presidente resolve”, destacou.

Kalil revelou ainda que fará um apelo ao Governo de Minas para que a Polícia Militar volte a fazer o policiamento interno nos estádios. “Nós estamos passando por um problema muito grave em Minas Gerais. A Polícia Militar foi retirada dos estádios. Aqueles policiais que apareceram na televisão entraram porque já tinha acontecido o fato”, comentou o mandatário atleticano.

“Estamos encaminhando ao governador, fazendo um apelo para que em Minas a gente volte a ter polícia e a polícia de Minas é muito boa e respeitada”, acrescentou Alexandre Kalil.