A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou nesta terça-feira a instauração de um inquérito para apurar supostos insultos de discriminação homofóbica entre torcedores de Corinthians e São Paulo, ocorridos na partida entre as equipes, no último domingo, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. A informação foi publicada pela assessoria de imprensa do órgão.
O inquérito vai verificar se os cantos foram apenas por provocação ou se são discriminatórios, desdenhosos ou ultrajantes, conforme artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A procuradoria do STJD requer o testemunho dos árbitros da partida, dos presidentes Carlos Miguel Aidar e Mário Gobbi, e a presença dos goleiros Denis e Cássio, de São Paulo e Corinthians.
Antes da partida de domingo, o Corinthians solicitou à torcida que evitasse os insultos homofóbicos - em outros clássicos contra o São Paulo, o goleiro Rogério Ceni, que nem jogou no domingo, foi chamado de "bicha" pelos corintianos. Mas antes da bola rolar, a torcida começou a cantar: "Vamos, vamos, Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar". O goleiro Denis, reserva de Rogério Ceni, foi chamado de "bicha" durante o aquecimento e durante a partida, quando teve que fazer as cobranças de tiros de meta.
Ao chegar ao Itaquerão, os são-paulinos também fizeram cantos e mostraram faixas homofóbicas. Sob olhares da Polícia Militar, carregaram uma faixa com a inscrição "Gaivotas da Fiel". Dentro do estádio, o grito foi inspirado nos argentinos. "Gambá, me diz como se sente; por que você gosta de beijar? Ronaldo saiu com dois travecos; o Sheik, selinho ele foi dar. Vampeta posou pra G, Dinei desmunhecou, na fazenda de calcinha ele dançou. Não adianta argumentar, todo mundo já falou, que o gavião virou um beija-flor".
O procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, informa que outras infrações serão denunciadas além do inquérito: "Outros fatos, porém, que identificamos como infrações disciplinares previstas no CBJD serão objeto de denúncia a ser apresentada oportunamente", afirmou.
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