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Kalil e Gilvan vão ao STJD em julgamento que pode tirar 20 mandos de rivais

Bernardo Lacerda e Dionizio Oliveira

Do UOL, em Vespasiano e em Belo Horizonte (MG) *

30/09/2014 17h15

Atlético-MG  e Cruzeiro terão 'reforços' no julgamento na tarde desta quarta-feira, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por conta dos incidentes envolvendo torcidas organizadas dos clubes rivais, no clássico do dia 21, no Mineirão, com vitória atleticana, por 3 a 2. Os presidentes Alexandre Kalil e Gilvan de Pinho Tavares informaram que comparecerão ao STJD, no Rio de Janeiro, para acompanhar o julgamento.

O departamento jurídico atleticano adota mistério em relação à linha de defesa que utilizará no julgamento desta quarta-feira. Em contato com o UOL Esporte os advogados do clube não quiseram comentar sobre a possibilidade de punição. Já o diretor de comunicação do Cruzeiro, Guilherme Mendes, por sua vez, limitou-se a confirmar o comparecimento do mandatário celeste, sem dar outros detalhes sobre o caso.

Atlético-MG e Cruzeiro foram denunciados por infração dupla no artigo 213 e podem ser punidos com perda de até 20 mandos de campo, além de multa de até R$ 200 mil.

A denúncia feita pela Procuradoria do STJD utilizou como prova a súmula do árbitro Marcelo de Lima Henrique, que paralisou o jogo aos 41 minutos da primeira etapa alegando que “ouviu estouros de artefatos explosivos” originários da divisão das duas torcidas e de que, segundo informações da Polícia Militar, teriam arremessado objetos uma contra a outra, além de nota divulgada pela Minas Arena, que citou aproximadamente 100 cadeiras quebradas.

Dessa forma, a Procuradoria do STJD denunciou o Cruzeiro e o Atlético por infração dupla ao artigo 213, incisos I e III e parágrafos §§ 1º e 2º do CBJD, que citam deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto e o lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento esportivo.

O Cruzeiro alega que os problemas foram exclusivos da torcida do Atlético-MG e está confiante em conseguir a absolvição. O departamento jurídico do time alvinegro, por outro lado, reuniu imagens com 'ataques' ao ônibus atleticano na chegada ao estádio. Torcedores celestes atiraram latas de cerveja no veículo que transportava a delegação alvinegra.

Na segunda-feira, foi divulgada decisão que acata recomendação do Ministério Público de Minas Gerais e suspende por seis meses as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético-MG, por envolvimentos em atos de violência no clássico disputado em 21 de setembro, no Mineirão, não apenas no estádio, mas em vias públicas da capital mineira.

Pela decisão, integrantes das três organizadas não poderão frequentar estádio de futebol, em todo o país, e nem se aproximar deles em um raio de cinco quilômetros por seis meses, prazo ampliado para cinco clássicos Cruzeiro e Atlético, independente da data em que forem disputados.

* Atualizada às 19h24