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Palmeiras ficou mais da metade do tempo no fim da tabela nos últimos 5 anos

Henrique lamenta chance desperdiçada no clássico entre São Paulo e Palmeiras - Friedemann Vogel/Getty Images
Henrique lamenta chance desperdiçada no clássico entre São Paulo e Palmeiras Imagem: Friedemann Vogel/Getty Images

Danilo Lavieri e José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

30/09/2014 06h01

A tarde do dia 8 de novembro de 2009 teve um sabor amargo e que foi mastigado durante muitos dias pelos palmeirenses de forma bem indigesta. O gol legal de Obina, anulado pelo árbitro Carlos Eugênio Simon, na derrota por 1 a 0, para o Fluminense, no Maracanã, rendeu a perda da liderança do Campeonato Brasileiro após 14 rodadas e a derrocada do time alviverde que chegou a ter cinco pontos de vantagem sobre os rivais.

Mal sabiam os torcedores do clube que a perda daquela taça que parecia ganha era apenas o início de uma era de problemas maiores e que a derrocada dali pra frente seria muito maior. Aquele dia, que está próximo de fazer cinco anos, foi o último em que o time do Parque Antarctica soube o que é ocupar a liderança da maior competição nacional. Pior do que isso, dali pra frente, seus resultados o colocam como um time de meio para fim de tabela quando esteve na elite nacional. 

Nos cinco anos seguintes, passar pelo pelotão de elite do campeonato nacional foi raridade para o clube rebaixado em 2012 e que este ano novamente flerta com o descenso. Das 139 rodadas que jogou pela Série A de 2010 até agora, o Palmeiras ficou apenas dez delas (cerca de 7,19%) no G4 do Brasileiro.

Até mesmo quando o a questão é ficar entre os dez primeiros colocados, os números alviverdes são bem modestos. Passou apenas 35 de 139 jornadas do meio da tabela para cima, ou seja, ficou 75% do tempo de Série A nos últimos cinco anos na metade para baixo.

No fatídico ano de 2009, quando liderou o Brasileiro pela última vez, o Palmeiras acabou em quinto e sequer ocupou a zona do G4 que dá acesso à Libertadores. 

De lá para cá, não foi só na tabela que o Palmeiras deixou de ser protagonista. Sem o seu estádio, a equipe dificilmente consegue lotar as arquibancadas e quase não ganha com renda. A exceção fica por conta de jogos com preços promocionais, como vem acontecendo ultimamente.

A equipe ainda está perto de completar dois anos sem nenhum patrocínio e vive uma queda até nas cotas de televisão, com times como o Internacional, por exemplo, encostando no montante recebido. Não à toa, quase não aparece para seu principal público no horário nobre da TV (quartas à noite e domingo à tarde).

Como visitante, o time apareceu na TV Globo por apenas duas vezes em São Paulo. A terceira aconteceu quando estava no Itaquerão, na derrota contra o Corinthians.

Só em 2014, o Palmeiras ainda tem a pior defesa, é o que mais perdeu e luta contra o rebaixamento quase desde o início da competição. Nos últimos tempos, orgulho apenas da torcida, que continua entre as maiores do país, e da história de glórias, que é indestrutível.