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Palmeiras tem três dias para se reforçar. Problemas não faltam

Dorival Júnior faz sua estreia como técnico do Palmeiras contra o Atlético-PR - Heuler Andrey/Getty Images
Dorival Júnior faz sua estreia como técnico do Palmeiras contra o Atlético-PR Imagem: Heuler Andrey/Getty Images

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

01/10/2014 06h01

O Palmeiras tem mais três dias para contratar reforços e cumprir a promessa feita por Paulo Nobre a Dorival Júnior tanto pessoalmente quanto por meio da imprensa. Apesar disso, o clube ainda não tem nenhuma negociação avançada e corre o sério risco de chegar na sexta-feira (3) sem ter nomes que ajudarão a equipe na luta contra o rebaixamento.

Os únicos ventilados foram o de Charles, zagueiro do Paysandu, e de Roberto, da Ponte Preta. A equipe encontra dificuldades entre o limitado mercado das divisões inferiores e de atletas que não têm contrato e ainda enfrenta problemas com a morosidade da sua diretoria.

"Eu espero reforços e acho que pode acontecer. Mas não tem nada de concreto ainda", disse Dorival com poucas palavras na coletiva desta quarta-feira.

Apesar disso, problemas com posições não faltam. O time não consegue encontrar o substituto ideal de Fernando Prass e isso só deve acontecer na segunda quinzena de outubro. E não com contratação, mas com a volta do goleiro machucado, que tem intensificado a sua rotina nos treinamentos para substituir Deola, Fábio e companhia.

Entre os zagueiros, a equipe chegou a ensaiar uma dupla de sucesso com Nathan e Gabriel Dias. O primeiro, no entanto, seguiu o exemplo de Valdivia, pisou no adversário e pode pegar mais do que um jogo de suspensão por ter levado cartão vermelho contra o Figueirense.

Lúcio evoluiu em relação ao São Paulo, mas, agora, está machucado, assim como Victorino, Wellington, Thiago Martins e Fernando Tobio. O argentino tem a chance de voltar contra a Chapecoense, nesta quinta-feira (2).

Nas laterais, o clube conseguiu encontrar a solução dentro de casa. João Pedro tem feito um bom papel no lugar que era de Wendel e, principalmente, no lugar de Weldinho, enquanto que Victor Luis ocupou bem a posição de Juninho. O garoto da base, aliás, pode até jogar de volante.

O improviso acontece justamente por outros problemas de lesão e falta de planejamento que acontecem no elenco. Eguren e Renato estão machucados, Wesley está em fase final de recuperação, enquanto que Marcelo Oliveira e Bruninho voltaram a atuar no último domingo, na derrota por 3 a 1 para o Figueirense, após muito tempo fora dos gramados. Não à toa, até Juninho já atuou na posição. Josimar, outro que esteve na equipe, foi negociado recentemente com a Ponte Preta.

Há outra esperança para o meio-campo vindo das categorias de base. Bruno Dybal foi recentemente reintegrado ao elenco após ficar treinando separado.

Entre os meias de criação, o Palmeiras tem nomes de sobra, mas não há solução. Mendieta não mostra um bom futebol, assim como Felipe Menezes e Bruno César. Esse último encontra até dificuldades para manter a forma. Mazinho ganhou chance, mas sofreu uma luxação no ombro. Allione teve um bom início, mas já passou até a ser reserva, enquanto que Valdivia alterna bons jogos, com lesão e suspensões.

À frente, a equipe ainda sofre com a péssima temporada de Leandro, com a dificuldade de Diogo em marcar gols (ele venceu o jejum de um ano sem balançar as redes contra o Flamengo), com as chances desperdiçadas por Henrique, e com a ainda fraca adaptação ao futebol brasileiro de Cristaldo e Mouche.