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Defesa com Manoel e Dedé vira "dor de cabeça" no Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

17/10/2014 11h54

O fraco desempenho da defesa formada por Manoel e Dedé nos últimos jogos virou uma dor de cabeça para o técnico Marcelo Oliveira. Foram seis gols sofridos nos dois últimos jogos, contra Flamengo e ABC, com muitos erros individuais no setor, especialmente da dupla de zaga, e a tão comentada coerência do comandante pode estar em ‘xeque’.

Isso porque um dos segredos do treinador para administrar o grupo sempre foi a coerência para colocar em campo quem atravessa o melhor momento. Dessa forma, nomes famosos como Borges, Dagoberto e Júlio Baptista aceitaram o banco de reservas sem reclamações, e jovens como Mayke, Lucas Silva e Alisson viraram titulares.

No entanto, desde que o treinador optou em sacar Leo da equipe e colocar Manoel, o desempenho da zaga piorou. Em cinco jogos com a nova dupla defensiva, o time sofreu oito gols, sendo seis deles nas duas últimas partidas. No período, a média foi de 1,6 por jogo.

Com os dois em campo desde então, o time passou em branco apenas no empate em 0 a 0 contra o Sport. Sofreu gols nas vitórias por 2 a 1 sobre Coritiba e Internacional, e nas surpreendentes derrotas por 3 a 0 para o Flamengo e por 3 a 2 para o ABC, de virada.

A alegação do treinador para fazer a mudança foi por convicção. Ele disse que queria ver a defesa formada por Dedé e Manoel, que foram dois jogadores indicados por ele e que o Cruzeiro investiu pesado, com a ajuda de empresários, para contratar. Por outro lado, elogiou as atuações de Leo.

As recorrentes falhas do zagueiro Dedé, entretanto, fazem grande parte da torcida pedir a saída dele para o retorno de Leo, que foi o zagueiro que mais atuou no Brasileirão, e até mesmo Bruno Rodrigo, que se recuperou de lesão recentemente.

Ao ser questionado sobre a reserva, Leo mediu as palavras, mas deu a entender que não sabe os motivos porque foi sacado do time e espera retomar a titularidade. “Vou falar de mim. Vinha de uma regularidade boa por 23 rodadas, procurando ajudar e colaborando", disse.

"O time estava sete pontos na frente, podendo fazer o melhor, ajudando o clube, fazendo gols, como foi contra o ABC lá no Mineirão, pude ajudar dando minha parcela de colaboração. Claro que a gente respeita a opção, todo mundo quer jogar, também quero jogar, não quero ficar de fora”, disse.

O zagueiro colocou-se à disposição do treinador para atuar até mesmo de lateral-esquerdo, como ocorreu no fim da partida contra o ABC. “O trabalho continua, quando for solicitado como lateral esquerdo vou fazer o melhor para a gente buscar nosso objetivo que são as vitórias”, ressaltou.