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Marcelo Oliveira vê Cruzeiro punido por ser o melhor há 2 anos

Do UOL, em Belo Horizonte

22/10/2014 23h02

Depois de o Cruzeiro arrancar no final o empate com o Palmeiras, por 1 a 1, nesta quarta-feira, no Mineirão, o técnico Marcelo Oliveira admitiu que os jogadores celestes estão desgastados fisicamente. Segundo ele, os adversários correm mais quanto enfrentam o time mineiro, líder isolado do Brasileirão.

“No Brasil, o time que vai muito bem duas temporadas, que está em primeiro lugar e firme nas duas competições, ele acaba sendo punido, porque os jogadores se destacam, vão para a seleção, e o Cruzeiro joga muito intenso, muito para frente e isso desgasta muito”, observou

“E todo time dá a vida contra o Cruzeiro, porque é o time a ser batido. A gente observa a sequência dessas equipes, elas acabam perdendo, porque correram tanto contra o Cruzeiro, aconteceu com o Corinthians, o Internacional, o ABC, que perdeu duas também”, acrescentou Marcelo Oliveira.

Para o treinador, o Cruzeiro pecou na finalização das jogadas devido à ansiedade dos jogadores em campo. No entanto, ele gostou do volume de jogo e crê que poderia ter saído de campo com a vitória.

“Acho que o que erramos foi a definição da jogada, a última jogada preparar um pouquinho, ter menos ansiedade na hora de finalizar, porque o volume foi muito grande e era até para ter feito uma vitória com mais facilidade”, afirmou o comandante celeste.

O técnico lamentou os erros de finalização que, segundo ele, proporcionaram ao Palmeiras manter a estratégia defensiva até o fim da partida. “Um jogo como esse, quando o adversário se propõe a isso, a esperar um erro do Cruzeiro, é importante fazer o primeiro gol que aí destrói essa possibilidade de ficar o tempo todo atrás e tem mais campo para trabalhar”, disse.

Marcelo valorizou o ponto conquistado nos minutos finais. “No final achei que era importante correr o risco, o Henrique já estava cansado também, e quando mais estávamos atacando nós levamos o gol de contra-ataque. Felizmente conseguimos pelo menos um ponto que neste momento, pela diferença, ele se torna importante”, destacou Marcelo.

Ele ainda ressaltou o grande volume da equipe durante toda a partida. “Fizemos o que fazemos sempre, atacamos, tivemos volume, por isso tivemos 63% de posse de bola. Alguém pode pensar que ficou com a bola e não atacou, mas atacamos muito, 21 finalizações, é questão apenas da bola entrar. Me preocuparia muito se não tivéssemos atacado e não tivéssemos finalizações”, salientou.