Pior do returno, Botafogo vê 'abalo emocional' como pior rival contra queda

O Botafogo é pior time no returno e atual vice-lanterna do Campeonato Brasileiro. Na última quarta-feira, o time perdeu para o Coritiba, um duelo contra um rival direto na luta contra o rebaixamento. Entretanto, o adversário que mais preocupa o Alvinegro não veste meião nem calça chuteiras. A comissão técnica definiu o abalo emocional como principal problema da equipe na competição.

“O Botafogo está vivendo um abalo emocional não é de hoje. Em campo, em alguns momentos a equipe vem bem e se perde em um lance. Seja gol perdido, expulsão... Estávamos vindo sem levar cartões vermelhos. Temos que conversar com os jogadores. Alguns erros são inadmissíveis. O Airton está errado, deu chance ao árbitro. O lance do Rogério foi de crítico [driblou o goleiro Vanderlei e tentou cavar o pênalti ao invés de fazer o gol]”, disse Vagner Mancini.

“Nós permitimos o desânimo apenas no vestiário depois do jogo. Chegar no hotel e já temos que pensar no Flamengo. Não adianta ficar chorando. O futebol nos dá novas oportunidades. Os jogadores têm emocional para isso, senão não passava do juvenil. Sábado precisamos de um melhor desempenho”, completou o treinador.

Mancini sabe que missão de evitar a queda do Botafogo para a segunda divisão não é fácil. Com muita conversa, o treinador tenta fazer ajustes para que a equipe dê uma resposta imediata. Se isso ocorrerá ou não, ninguém sabe, mas o comandante explica o tema das próximas reuniões com os atletas.

“Temos que lutar até o fim, não dá para jogar a tolha. Agora é levantar a cabeça e partir para cima do Flamengo em Manaus. É um momento delicado que estamos vivendo e temos que tentar resolver”, cobrou Mancini.

Com a derrota para o Coritiba, o Botafogo cai para a penúltima colocação do Brasileiro, com apenas 30 pontos, mesma pontuação do lanterna Vitória. Os paranaenses, com 32, são o primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Alvinegro volta a campo neste sábado, quando medirá forças com o Flamengo, em Manaus – o time de General Severiano vendeu seu mando de campo para arrecadar com a bilheteria e pagar parte de salários atrasados.