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Ausência de Goulart e 'jejum' de Moreno derrubam ataque do Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

25/10/2014 06h05

Melhor ataque do Brasileirão com 53 gols, o Cruzeiro viu o rendimento do setor ofensivo despencar do primeiro para o segundo turno e a equipe começou a oscilar na competição. Um dos motivos para a queda de produção é a ausência de Ricardo Goulart e o jejum de Marcelo Moreno, que são os principais goleadores da equipe.

Ao contrário do ano passado, nesta temporada o time celeste ficou mais dependente dos gols de seus artilheiros. Tanto que dos 53 tentos na competição, a dupla foi responsável por quase metade deles. Juntos Ricardo Goulart e Marcelo Moreno marcaram 24 gols ou 47% do total.

E o desempenho dos dois no segundo turno é bastante inferior. Na primeira metade da competição, a dupla marcou 19 gols, média de um por partida. Já no returno foram apenas cinco gols, dois de Ricardo Goulart e três de Marcelo Moreno em 11 rodadas.

O boliviano teve uma queda de produção e já não consegue repetir o desempenho do primeiro turno, tanto que ficou estacionado nos 13 gols e perdeu a artilharia da competição para Henrique, do Palmeiras, que chegou aos 14.

Na primeira metade da competição, Marcelo Moreno teve uma ótima performance com 10 gols em 14 partidas, média de 0,7 por jogo. Já no returno, ele esteve presente em todos os 11 jogos, mas marcou apenas três vezes, média de 0,27.

Ricardo Goulart, por sua vez, virou desfalque importante no returno por conta de um estiramento muscular na coxa esquerda. Ele participou de apenas seis jogos e marcou dois gols, com uma média de 0,33 por partida. Já na primeira parte do campeonato teve sua melhor fase e anotou nove gols em 14 partidas, com expressiva média de 0,64 por partida.

De volta ao time para a reta final do Brasileirão, o camisa 28 espera ajudar a equipe com seus gols para conquistar o título. “Nunca priorizei a artilharia, nas coletivas sempre falei em prol do grupo. Mas, se pintar a oportunidade, como sempre digo, dentro da área, vou procurar fazer”, disse.

O jogador também aproveitou o tempo parado para renovar o fôlego. “Eu não queria machucar, mas as duas semanas deu para recuperar bem, deu para tratar, fortalecer a musculatura, sabemos que o calendário é puxado. Não só para o Cruzeiro, todas as equipes estão sofrendo com isso. Mas agora é reta final, temos que dar algo a mais para ficar marcado na história do clube”, ressaltou.

Outro fator que vem prejudicando o líder é a forte marcação dos rivais, já que o time está sendo cada vez mais estudado pelos adversários. “Todo mundo que vem jogar contra o Cruzeiro faz o jogo da vida. Todos se doam ao máximo. Vai de nós buscarmos alternativas para isso. É normal a marcação frente a Goulart, a Everton”, disse Dagoberto.

Autor do último gol do time celeste, o experiente atacante também espera mais tranquilidade na hora das finalizações e um pouco mais de sorte. “Contra o Palmeiras tivemos inúmeras oportunidades, mas o Prass fez um excelente jogo. Um gol muda a história da partida. Se sai o gol contra o Palmeiras no início, muda a história do jogo. Na hora certa vão sair os gols”, ressaltou.