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DNA defensivo? Zaga é o setor do Santos que menos preocupa para 2015

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

24/11/2014 06h00

O Santos ficou conhecido nos últimos anos, principalmente com o sucesso da Era Neymar, como o time que possui DNA ofensivo, pela postura de atacar seus adversários em campo. No entanto, o alvinegro praiano termina 2014 com um ataque indefinido e cheio de desconfianças por parte de dirigentes, conselheiros e torcedores. Leandro Damião, o reforço mais caro da história do clube, e a nova safra de Meninos da Vila, não passam segurança.

Em contrapartida, a zaga do Santos, bastante questionada nas últimas temporadas, é o setor que menos preocupa para 2015. Na avaliação da atual diretoria e dos candidatos à presidência do clube, o elenco santista não precisa de zagueiros. Contratações para os setores de meio-campo e ataque são prioridades na lista de reforços de qualquer grupo político na Vila Belmiro.

O Santos atuou contra o São Paulo com a zaga formada por Edu Dracena e Neto. No entanto, caso permaneça no clube em 2015, Enderson Moreira terá a disposição o jovem Gustavo Henrique, considerado a principal revelação do clube no setor nos últimos anos.

A jovem revelação santista termina o ano sem praticamente não entrar em campo. Titular em 2013, Gustavo Henrique sofreu uma lesão ligamentar no joelho direito no dia 25 de fevereiro. Submetido a cirurgia, o zagueiro só voltou a ser relacionado para um jogo oficial na semana passada, quando a equipe santista enfrentou o Atlético-PR na Arena da Baixada.

Além de projetar a zaga titular com Dracena e Gustavo Henrique, Enderson Moreira ainda pode contar com David Braz. O ex-zagueiro de Palmeiras e Flamengo ressurgiu na Vila Belmiro em 2014. Braz era bastante perseguido por torcedores e dirigentes e chegou a ser colocado como moeda de troca no início do ano.

No entanto, David Braz passou de sexta opção da zaga a titular. O zagueiro foi beneficiado pelas cirurgias de Dracena e Gustavo Henrique, além do excesso de lesões de Neto e Vinicius Simon. Sem muita concorrência, Braz só precisou vencer a disputa com os jovens Jubal, Paulo Ricardo e Nailson, e do repatriado Bruno Uvini, emprestado do Napoli, da Itália.

Braz disputou 41 jogos nesta temporada e, além de crescer de produtividade na zaga, o defensor atacou de artilheiro ao marcar seis gols em 2014.

O único perigo que o Santos corre na zaga para 2015 se deve ao assédio do São Paulo e do técnico Muricy Ramalho ao capitão Edu Dracena. "O Edu é meu amigo, trabalhamos um tempo juntos. É um profissional diferenciado, um dos caras mais respeitados lá no Santos. Mas a gente está em competições complicadas agora e a gente parou de conversar. Paramos de falar nisso neste momento e não sentamos para conversar sobre trazer jogadores."