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Flu lembra fiasco de 2013 e vê ano positivo mesmo sem Libertadores

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/11/2014 06h00

Mesmo sem jogar a toalha, o Fluminense já admite que a Libertadores de 2015 passou a ser um sonho distante com o empate por 2 a 2 com o Sport no último domingo, na Arena Pernambuco, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, o discurso tricolor é de que o desempenho na competição é positivo após a péssima campanha de 2013, quando o time se livrou da queda nos tribunais.

O diagnóstico no Fluminense é de que o elenco pouco mudou em relação ao que encerrou o último Campeonato Brasileiro na 17ª posição e foi “salvo” pelas punições a Flamengo e Portuguesa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que sacramentaram o rebaixamento dos paulistas. Com isso, o Tricolor ficou com a 15ª colocação da competição.

O Fluminense já somou 11 pontos a mais que em 2013 mesmo ainda restando duas rodadas para o fim do Brasileiro. O Tricolor, no entanto, precisará vencer os dois jogos e ainda torcer por tropeços dos rivais para chegar à Libertadores. Para Fred, só o fato de ter passado bem longe da briga contra o rebaixamento já é algo a se destacar positivamente.

“Não fica frustração. Temos que lembrar que esse time caiu no ano passado. Não jogamos a Série B devido ao erro da Portuguesa. Temos que ser realistas mesmo que isso não sirva de argumento. Encontramos um outro caminho seguindo a filosofia do Cristóvão. Tentamos, mas erramos mais do que os outros na competição. Foi complicado para a gente. Esse ano foi difícil, no ano que vem vão sair vários jogadores. Espero que as coisas melhorem, precisamos nos planejar”, disse Fred à Rádio Globo.

Além do capitão, o técnico Cristóvão Borges também procurou ver o ano de 2014 como positivo no Fluminense. Para o treinador, o time enfrentou um desafio complicado ao ser visto como o ‘mais odiado do futebol brasileiro’ por ter escapado de jogar a segunda divisão neste ano.

“Se a gente olhar a temporada inteira e como foi a anterior, o Fluminense começou o ano sendo o clube mais odiado do Brasil. E sendo o adversário de todos. Para mudar isso foi necessário muito trabalho e muita qualidade dentro do campo. Os primeiros jogos que fizemos no começo do Brasileirão e da Copa do Brasil, todos fora do Rio, éramos hostilizados. Todo mundo achou que éramos culpados por algo. Coisa que não era. Pagamos pelo erro dos outros. Isso foi muito difícil. E teve ainda o temor de como seria o comportamento do time. Chegando hoje, nessa posição, e refletindo, analisando a trajetória, o saldo é positivo”, analisou Cristóvão Borges.

A torcida tricolor, no entanto, não parece estar totalmente de acordo com o técnico e o capitão do Fluminense. Os torcedores vaiaram muito a equipe na goleada sofrida diante da Chapecoense por 4 a 1 no Maracanã, na última quinta, tendo, inclusive, gritado olé a favor dos visitantes no final da partida.

O Fluminense é o sétimo colocado do Campeonato Brasileiro com 58 pontos, cinco a menos que o quarto lugar, Internacional. Uma vaga para o quinto colocado ainda pode ser aberta de acordo com o final da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Atlético-MG, mas o Tricolor ainda precisaria de uma difícil combinação de resultados.