Topo

Árbitro, CBF, imprensa. Se o Grêmio perde, sempre há razões além do campo

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

25/11/2014 06h00

O Grêmio perde, e após o jogo o tom da entrevista coletiva é pouco explicativo. Em vez de entrar em detalhes técnicos, táticos ou ainda analisar friamente o jogo, sempre sobra para outro assunto. O alvo principal no objetivo e 'tirar o foco do campo' adotado por Luiz Felipe Scolari é a arbitragem. Nos últimos jogos, ao menos, sobrou sempre para o juiz. Não foi a primeira vez que assuntos alheios ao gramado viraram eco do infortúnio azul, branco e preto. 

São explicações que não ficam apenas nos homens do apito. Calor, imprensa, CBF, todos já foram alvos em entrevistas após o jogo. Quando o Grêmio perde, sobra para todo mundo. O último caso ocorreu no domingo, diante do Corinthians. Quando, entre outras coisas, Felipão afirmou que 'estão escolhidos os times da Libertadores'. 
 
"O árbitro não é profissional. Ele trabalha como árbitro e em uma outra empresa. O erro não muda nada para ele. Aqui é bico. Não tem nada que possa dizer que possa ser prejudicado. Se o clube perde 30 ou 40 milhões, não é ressarcido. Enquanto não forem profissionais, que a Fifa não determinar o que é pênalti, nada vai mudar", afirmou Scolari. 
 
Em momentos de vitória, as explicações são totalmente ligadas ao campo. Scolari não se omite ao falar de meio, defesa e ataque e analisa situações pontuais sobre o grupo. E na hora da crise, trata de defender o elenco com uma 'cortina de fumaça' que passa longe dos gramados. 
 
Confira a lista de casos em que fatores externos tomaram pauta após insucessos: