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Guerrero disse não a empresários. Agora quer faturar ao lado de Seedorf

Paolo Guerrero divulgou foto de encontro com seus novos agentes - Divulgação/On Think Ball
Paolo Guerrero divulgou foto de encontro com seus novos agentes Imagem: Divulgação/On Think Ball

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

28/11/2014 06h00

Para quem pintava as chuteiras até pouco tempo, justamente porque não tinha patrocínio, Paolo Guerrero mudou de realidade no Campeonato Brasileiro. Principal jogador na campanha que deve recolocar o Corinthians na Copa Libertadores, ele foi convencido a rever sua postura. Acima de tudo, percebeu que é a hora de faturar.

Em sua terceira temporada no futebol brasileiro, Guerrero resolveu aderir a um empresário. Primeiramente, almoçou ao lado de Wagner Ribeiro. Depois, disse à diretoria do Corinthians que seu próximo contrato seria negociado por Carlos Leite. Nesta semana, de maneira oficial, o centroavante peruano foi anunciado como novo cliente do grupo carioca On Think Ball (OTB).

O negócio que atraiu Paolo Guerrero é um braço da empresa que em São Paulo se denomina apenas Think Ball. Os sócios são os agentes Marcelo Goldfarb, Marcelo Robalinho e Bruno Paiva, filho do ex-jogador Mário Sérgio. Mas, nesta versão carioca, a estrela apresentada para atrair clientes como o centroavante do Corinthians é Clarence Seedorf.  

No Botafogo, a atuação do holandês no grupo OTB rendeu polêmica. Agentes concorrentes acusaram Seedorf de tentar prospectar negócios para sua empresa enquanto jogava pela equipe em 2013. Nomes botafoguenses como o volante Gabriel e o lateral direito Edílson, atualmente, integram a carteira de clientes. Oficialmente, Seedorf é chamado somente por embaixador.  

Em reuniões ao longo dos últimos meses, Guerrero foi convencido pelos agentes de que poderia ter mais atenção com um estafe que conhecesse o futebol brasileiro. Acima de tudo, novos patrocínios poderiam ser captados. Recentemente, após quase um ano sem contrato de material esportivo, ele renovou com a Nike.

“Temos clientes como Seedorf e Vitor Belfort (lutador) que têm perfis semelhantes ao de Paolo. Não são apenas esportistas, mas grandes marcas que precisam de cuidados diários”, disse o agente Marcelo Goldfarb. “São pessoas sérias, trabalham de forma que gostei”, comentou Guerrero.

A partir da entrada do grupo nas negociações, o Corinthians sentiu que precisaria abrir os cofres para manter Guerrero. O próximo contrato com o jogador deve apresentar aumento salarial (de R$ 350 mil para R$ 500 mil) e o clube deve pagar luvas parceladas de US$ 4 milhões (R$ 10 milhões) para assinar com ele até 2017.

O valor é 25% maior ao que foi pago ao Hamburgo-ALE, em 2012, para comprar Paolo. A boa relação dos empresários de Guerrero com o Corinthians, sobretudo o gerente de futebol Edu Gaspar, é mais um sinal de que Guerrero deve mesmo renovar.

Além de ex-jogadores do clube como o goleiro Felipe, o zagueiro Chicão, o meia Douglas e o atacante Liedson, o grupo já cuida das carreiras de Jadson e Bruno Henrique no atual elenco. Mas, com Paolo Guerrero, acaba de fechar seu melhor negócio.