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Mudança de tabela do Corinthians não garante jogo do Palmeiras em arena

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

02/12/2014 12h20

O fato de o Corinthians jogar no sábado e não no domingo resolve apenas uma parte do problema levantado pela Polícia Militar e pelo Ministério Público para a última rodada do Campeonato Brasileiro. Até por isso, o jogo do Palmeiras contra o Atlético-PR está confirmado para as 17h de domingo (7), mas o local ainda é uma dúvida.

A troca da tabela corintiana evita que as torcidas se encontrem no trajeto para os estádios. O que ainda está pendente é a segurança do Allianz Parque.

Coronel Marcos Marinho, responsável pelo setor de segurança da FPF (Federação Paulista de Futebol), explica que ainda não está definido que a partida que decide se o Palmeiras cai ou não seja disputada em sua casa.

"Ainda há o pleito da PM e do MP, porque eles consideram o estádio do Palmeiras muito vulnerável para um eventual rebaixamento. Não que não haja o risco de invasão em um estádio como o Pacaembu, por exemplo, mas na arena do Palmeiras ela é muito maior", disse Marinho ao UOL Esporte.

"Eu não sei quando vai ter a definição. Isso está com a CBF. Mas a PM e o MP já deixaram claro a preocupação que eles têm com o local da partida", completou.

O Palmeiras bate o pé. Além de querer jogar em casa, o clube sabe da diferença financeira que existirá caso a partida seja transferida.

No Allianz Parque, por exemplo, não existe a cobrança de aluguel e há a expectativa de uma renda bruta de R$ 5 milhões. Caso a partida vá para outro estádio, o Palmeiras precisaria pagar o aluguel e, certamente, não chegaria nem perto da bilheteria conseguida em sua arena.

Marinho explica que todos os alvarás conseguidos pelo Palmeiras, como o do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, não garantem nada.

"O Palmeiras teria de arcar com o aluguel do estádio escolhido pela PM. Isso está previsto em regulamento. Caso um estádio não tenha condição, está previsto no regulamento e todos os times concordaram. A arena palmeirense é vulnerável", finalizou.