Topo

Fla 'abandona' Maracanã e busca lucro maior no Brasileiro em arenas da Copa

O Flamengo enfrentou o Shakhtar Donetsk-UCR no início deste ano em Brasília - Gilvan de Souza/ Flamengo
O Flamengo enfrentou o Shakhtar Donetsk-UCR no início deste ano em Brasília Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/05/2015 06h10

O Flamengo declarou guerra à Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e jamais esteve satisfeito com os custos do Maracanã. A união dos fatores fez a diretoria tomar uma decisão para o Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro vai deixar o Rio de Janeiro e mandar quatro jogos da competição nacional em arenas utilizadas na Copa do Mundo de 2014.

O principal motivo é financeiro. O clube planeja embolsar até R$ 4 milhões com as partidas que ainda serão escolhidas e aumentar o lucro anual de bilheteria.

Apenas cortar o custo do Maracanã já motivou a escolha por conta de clube e consórcio dividirem receitas, despesas e operação do estádio. Ainda existe a taxa Ferj de 5% da renda para jogos no Rio de Janeiro e 10% em outras praças. Ao vender as partidas, a diretoria fecha pacotes com uma cota e participação nas rendas, o que em algumas vezes supera atuar em casa.

Mandar jogos em outros estados é uma política da administração Bandeira de Mello desde 2013 e também envolve o projeto do departamento de marketing para divulgar a marca e conquistar sócios-torcedores.

Os estádios Mané Garrincha (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá) e Arena da Amazônia (Manaus) são os mais cotados. A cidade de Juiz de Fora também propôs sediar um jogo do Flamengo há alguns meses.

No ano passado, o Rubro-negro brigou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e teve no Maracanã um trunfo importante para escapar da degola. Na ocasião, o técnico Vanderlei Luxemburgo mostrou-se contrário em tirar as partidas do Rio de Janeiro.

O cenário atual é diferente. Em busca de lucro e de resultados, a diretoria acredita que tirar o Flamengo da Cidade Maravilhosa também é uma medida simbólica em tempos de guerra contra a Ferj.