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Flu perdoa doping e indisciplinas e aposta em promessa para o Brasileiro

Michael se destacou nas oportunidades que teve nos profissionais do Fluminense - Rodrigo Ferreira/Photocamera
Michael se destacou nas oportunidades que teve nos profissionais do Fluminense Imagem: Rodrigo Ferreira/Photocamera

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/05/2015 06h00

Após um ano atuando normalmente pelo Fluminense após longo gancho por doping, o atacante Michael deu um novo susto nas Laranjeiras no começo de 2015. Surpreendido por uma ampliação da pena por parte da Corte Arbitral do Esporte (CAS), a promessa tricolor chegou a desaparecer por quase 24 horas em março, ato que também acabou perdoado pela diretoria.
 
O desaparecimento foi o segundo do ano, uma vez que ele já havia faltado a um treino sem dar explicações, mas o Fluminense decidiu não punir o jogador. O clube, inclusive, liberou o atacante dos treinos, pedido feito pelo próprio atleta, que estará liberado para atuar somente em setembro.

Michael não treina com o elenco do Fluminense desde o pedido de afastamento, feito há quase dois meses a diretoria. O Tricolor, no entanto, não abandonou o atacante de 22 anos, que tem contrato com o clube até o fim de 2017. Ele, inclusive, é considerado uma das principais promessas das categorias de base da equipe.

"O Fluminense monitora o jogador, se comunica quase que diariamente, faz acompanhamento psicológico. Continua com dificuldades de se integrar por causa da pena. Na cabeça do jogador é sempre difícil entender. Imagina como deve estar sendo difícil para o Jobson [também suspenso por doping]. São penalidades muito duras, até falo como advogado. São penas que não têm o menor objetivo de integrar o atleta”, opinou o vice presidente de futebol do Fluminense e advogado, Mário Bittencourt.

O acompanhamento psicológico ao atleta tem motivo. Michael foi pego com cocaína em 2013 e, na ocasião, confessou ser dependente da droga. O Fluminense tenta agora manter o jogador focado na carreira apesar das dificuldades impostas pelos ganchos que somam 16 meses, tempo longo para um atacante que ainda busca seu espaço no futebol profissional.

A suspensão de Michael criou até mesmo uma lacuna no elenco tricolor. O jogador seria o único substituto de Fred na equipe caso pudesse atuar, mas seu afastamento deixou o clube sem reserva para o camisa 9 após a saída de Walter. Por isso, o Tricolor acabou acertando com Magno Alves, veterano de 39 anos e ídolo do passado nas Laranjeiras.

Ainda sem Michael, o Fluminense estreia no Campeonato Brasileiro contra o Joinville às 21h deste sábado, no Maracanã. A expectativa é que Magno Alves possa estar à disposição do técnico Ricardo Drubscky, o que pode não acontecer por causa do pouco tempo disponível para inscrição do atleta na competição nacional.