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Lateral ex-artilheiro melhora de rendimento e agora quer acertar o pé

Artilheiro em 2014 pelo Sport, Patric começou o Brasileirão com o pé direito - Bruno Cantini/Atlético-MG
Artilheiro em 2014 pelo Sport, Patric começou o Brasileirão com o pé direito Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

21/05/2015 19h29

Demorou cerca de quatro meses, mas as atuações do lateral Patric começam a render os elogios da torcida do Atlético-MG. Em sua segunda passagem pelo clube, o reserva costumeiro de Marcos Rocha tem mostrado que pode suprir a ausência do companheiro. Em campo, os números provam que pelo menos nas estatísticas o aproveitamento tem sido bom, principalmente nos dois primeiros jogos do Brasileirão, em que Patric serviu seus companheiros e matou a saudade dos tempos de criança, quando balançava as redes como atacante.

“Sempre fui atacante e artilheiro quando mais novo. No infantil, o treinador pediu para jogar como lateral e me adaptei, cheguei na Seleção de base como lateral e me aprimorei nessa posição. Mas quando tem a oportunidade, basta olhar, sem fechar o olho, e chutar para o gol, porque os companheiros criam as chances. E como lateral, em outros clubes, sempre fiz gols. No Atlético, ainda estava faltando”, comentou, referindo-se ao gol contra o Palmeiras, na primeira rodada, no Allianz Parque.

Vale lembrar que o estádio palestrino também foi o palco de um dos gols de Patric justamente em sua inauguração. Quando ainda jogava pelo Sport, o lateral fez um dos gols da vitória pernambucana no reencontro do torcedor palmeirense com sua casa recém-reformada.

Por conta do nível técnico de Marcos Rocha, apontado como um dos melhores laterais do Brasil, Patric sempre foi bastante cobrado desde que retornou ao time mineiro. O cenário começou a mudar nos últimos jogos, e as apresentações instáveis no início do ano substituíram bons rendimentos dentro de campo. Se comparados os números de cada lateral em 2015, Rocha leva vantagem na média de desarmes por jogo (38 em 11 partidas, contra 25 em 16 compromissos do amigo). Em contrapartida, Patric leva a melhor no número de passes certos em campo, além das duas assistências já anotadas na temporada. O cacoete ofensivo, no entanto, ainda deixa a desejar em relação ao desempenho no time pernambucano, em que foi artilheiro de 2014 com seis gols no Brasileirão passado.

“Eu estava um pouco incomodado quando estava sem fazer gols. A gente fica chateado, mas não pode achar que está tudo errado. Graças a Deus consegui marcar na primeira rodada. Eu venho trabalhando e agora colhendo fruto do trabalho. Agora é dar sequencia, pois sabe que futebol tudo muda muito rápido. Estou treinando para finalizar melhor e servir a todos”, finalizou.

No confronto do último domingo, contra o Fluminense, foi de Patric um dos cruzamentos para Jemerson balançar as redes de Cavalieri, além de ter participado também da jogada que gerou o gol de Dátolo.