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Santos diz que não se precipitará por Robinho e não teme assédio dos rivais

Atacante Robinho tem contrato com o Santos até o dia 30 de junho deste ano - Ricardo Nogueira/Folhapress
Atacante Robinho tem contrato com o Santos até o dia 30 de junho deste ano Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

22/05/2015 18h17

A polêmica entrevista coletiva do atacante Robinho ligou o “sinal de alerta” na Vila Belmiro. Nesta sexta-feira, o presidente Modesto Roma se reuniu com Marisa Alija Ramos, advogada e representante do jogador, para discutir a renovação contratual.

Modesto alega que não teme os rivais interessados em Robinho e, inclusive, prometeu que não se precipitará nas negociações.

“Assédio seria se tivesse aliciando, mas não é isso, está terminando o prazo contratual dele no clube, o dele no Milan, também, então é natural que venham clubes. Querem o Robinho, o perna de pau ninguém quer. Temos que ter nesse aspecto uma visão clara da coisa. Agora, por esse medo desse assédio, da pressão, não vamos nos precipitar em fazer o contrato, temos que esgotar as negociações para fazer o melhor para o Robinho e o Santos e que as partes saiam satisfeitas sem precipitação”, afirmou Modesto Roma.

O dirigente santista fugiu da pergunta sobre os valores financeiros da transação. Além de não responder se o clube abre mão de reduzir o salário do jogador, Modesto também se esquivou ao falar da distância dos valores pedidos por Robinho e oferecidos pelo clube.

“A doutora Marisa merece o nosso respeito pela competência que trata as coisas dele. A certeza que com essa seriedade as coisas estão caminhando bem. Posso dizer que foi uma reunião agradável, no mínimo agradável podemos dizer”, disse Modesto.

“Não podemos pensar nas coisas de uma forma muito linear [salário mensal]. Temos que pensar que existiam três parâmetros: tempo de contrato, valor de contrato e forma de pagamento, pois são interligadas. Vamos dizer, você preferiria um contrato de trabalho mais longo por um valor menor, mais curto por um valor maior, precisamos refletir, isso interferiu no contrato do Ricardo Oliveira, que tem um salário menor do que vocês pensam hoje, que vai melhorando um ano, mas a questão que importa é o valor global do contrato. Essas coisas tem que ser pesadas em toda a negociação, não dá para a gente pensar na negociação sem esses três fatores importantes: tempo de contrato, valor total e forma do pagamento. Nessa engenharia fazemos o negócio, não é ser longo ou curto, é funcionar como um parâmetro do negócio. É mais ou menos o principio dos vasos comunicantes”, completou.

Na última quinta-feira, no CT Rei Pelé, Robinho concedeu entrevista coletiva que gerou bastante polêmica nos bastidores da Vila Belmiro. O camisa 7 disse que não discutiria a renovação se não recebesse os direitos de imagem atrasados, avisou que não reduz seu ordenado para renovar e que não descarta atuar em clubes brasileiro, incluindo os rivais de São Paulo.

Um dia depois da polêmica entrevista, o Santos obteve um empréstimo bancário de R$ 8 milhões e pagou a dívida de R$ 3,5 milhões que tinha com Robinho.