Enderson é discípulo de antecessor no Fluminense, mas foge de rótulo
Sonho antigo da diretoria, o novo técnico do Fluminense, Enderson Moreira, carrega o curioso status de discípulo do antecessor Ricardo Drubscky, que durou apenas oito jogos no cargo. Ele, no entanto, procura fugir do rótulo e promete trazer ideias diferentes das que o mentor apresentou no clube.
Além das trajetórias diferentes no futebol, a postura de Enderson também tem a ver com a passagem apagada de Drubscky pelo Fluminense. O mentor ficou menos de dois meses no cargo e nunca teve prestígio com a torcida tricolor. O novo técnico chega sob menos questionamentos, mas também está longe de ser o nome favorito dos torcedores.
Em entrevistas anteriores à chegada ao Fluminense, Enderson apontou Drubscky como responsável por levá-lo a carreira de técnico enquanto os dois trabalharam juntos no Venda Nova, de Minas Gerais, em 1985. Na ocasião, o novo comandante tricolor treinava Enderson, que atuava nas categorias de base da equipe.
“O Ricardo foi meu treinador na época de infantil. Os primeiros treinadores marcam a carreira. Temos algumas ideias parecidas e outras diferentes, cada um tem sua maneira de trabalhar, só no dia a dia para ver. Nós vemos auxiliares de treinadores que se transformaram com sua própria personalidade, ideias, coisas diferentes”, disse Enderson em sua apresentação.
“Cada treinador tem sua forma de pensar e trabalhar. Quinta eu trabalho de uma maneira. sexta, sábado, posso estar trabalhando de outra... Eu costumo falar que não tem nada 100% certo no futebol, mas tem, sim, o que é bem apresentado", complementou o treinador.
E, aparentemente, Enderson já deve fazer a primeira mudança em relação ao trabalho do mentor Drubscky neste domingo, quando deve escalar a equipe sem Pierre, como vinha atuando com o antecessor. Em treinos durante a semana, ele escalou Wagner na equipe que encara o Corinthians, às 16h, no Maracanã, pela terceira rodada do Brasileiro.
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