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Quanta diferença! Salário de quatro reservas do Inter iguala folha do Vasco

Réver é um dos reservas do Inter que juntos somam toda folha de pagamento do Vasco - AFP PHOTO / Jefferson BERNARDES
Réver é um dos reservas do Inter que juntos somam toda folha de pagamento do Vasco Imagem: AFP PHOTO / Jefferson BERNARDES

Bernardo Gentile e Marinho Saldanha

Do UOL no Rio de Janeiro e em Porto Alegre

23/05/2015 06h00

Vasco e Inter se enfrentam neste sábado às 18h30 (horário de Brasília) pela terceira rodada do Brasileirão. E de longe os clubes vivem situações opostas. Enquanto o Cruzmaltino formou elenco modesto, cujo gasto total em folha de pagamento bate nos R$ 2 milhões, o Colorado esbanjou em reforços e sua folha absoluta supera fácil os R$ 10 milhões. Tanto que o salário de apenas quatro jogadores do time reserva que será usado na partida em São Januário já igualam todo elenco rival.

A soma é simples e traz nomes conhecidos no futebol. Os salários mensais de Réver, Anderson, Alex, e Nilmar totalizam os mesmos R$ 2 milhões de titulares, reservas e comissão técnica do Vasco. São R$ 600 mil para Réver, R$ 500 mil para Anderson, e R$ 450 mil para os outros dois da relação.

E a soma do time suplente inteiro ainda aponta outros salários valiosos. Vitinho e Rafael Moura, por exemplo, reservas do time 'alternativo', somam, juntos, mais de R$ 700 mil em vencimentos mensais. E ainda há nomes cujos pagamentos não são baixos no time 'B', como Nico Freitas, Nilton, Paulão e Muriel.

A política vermelha desde o início da temporada foi investir pesado em contratações para atingir o título da Libertadores. E a prioridade é absoluta à competição continental. Tanto que os 'mais famosos' sequer estrearam no Brasileirão. D'Alessandro, Aránguiz, Lisandro López, Juan, nenhum deles entrou em campo pelo nacional.

E para 'sustentar' um time contratado a peso de ouro, o Internacional conta com o número de sócios em dia. São aproximadamente 120 mil associados com pagamentos sendo respeitados. A receita vinda do quadro social somado a bilheterias, televisão e patrocínios dá alicerce para o grupo sem grandes atrasos em pagamentos.

O Vasco, por sua vez, estabeleceu um teto salarial de R$ 150 mil e não abre exceções. Dagoberto, por exemplo, que recebe muito mais que isso, só veio porque o Cruzeiro paga grande parte dos vencimentos do atacante. A medida tem prejudicado o Cruzmaltino para trazer reforços. Fellype Gabriel esteve na mira, mas os vencimentos eram maior do que o clube podia arcar.

Em crise financeira, o Vasco reduziu o custo com o futebol. para se ter uma ideia, contando até funcionários do clube, os gastos chegam a R$ 3 milhões. Uma nova realidade, que tem como objetivo manter os salários em dia, o que realmente de tem ocorrido neste início de temporada, na qual o Cruzmaltino já faturou o Campeonato Carioca.

Pela Libertadores, na próxima quarta-feira, o time vermelho tenta recuperação diante do Santa Fé, da Colômbia. No jogo de ida, em Bogotá, perdeu por 1 a 0 e precisa vencer por dois ou mais gols em casa para ir às semifinais da competição. Se sair da Copa, o investimento não terá se justificado.