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SP é recebido com garrafada, e torcida chama Luis Fabiano de "pipoqueiro"

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

23/05/2015 18h27

A delegação do São Paulo foi recebida com protesto ao chegar no Morumbi para o jogo desse sábado, contra o Joinville, pelo Brasileirão. Membros da principal torcida organizada do clube fizeram camisas personalizadas com a frase "Luto. Devolvam o nosso São Paulo", vestiram máscaras de jogadores e do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro e ironizaram com cruzes e velas. O pior aconteceu no momento em que o ônibus entrou no estádio: garrafas, entre outros objetos, foram arremessadas em direção ao veículo.

A torcida que protestou só perdoou o goleiro Rogério Ceni e o presidente Carlos Miguel Aidar. O goleiro foi exaltado pela organizada, que disse que "esses jogadores frouxos estão manchando a sua história". O presidente não foi lembrado em nenhuma crítica, em situação oposta a Ataíde Gil Guerreiro - o mais criticado e principal personagem das máscaras produzidas.

Pouco antes do início da partida, já nas arquibancadas, os membros da organizada que protestou contra diretoria e elenco chamou Luis Fabiano de "pipoqueiro" em coro que revoltou os torcedores comuns no Morumbi. O resto do estádio passou a gritar o nome do jogador. A organizada também deixou de cantar o nome de todos os titulares, como faz de forma habitual. Só gritou o nome de Rogério Ceni e pediu que o goleiro não se aposente. 

Depois do primeiro tempo, Luis Fabiano avaliou os insultos. "Estou aqui para fazer meu trabalho, minha profissão. Torcedor tem todo direito de se manifestar da maneira que achar melhor, pagou ingresso e veio. Dentro do estádio a gente até atura, mas fora do estádio que fica um pouco chato. Eu não estou chateado. O negócio é ficar tranquilo e tentar desempenhar da melhor maneira possível. Todo mundo sabe o carinho que tenho pelo clube, quero sair da melhor maneira possível", disse, em entrevista reproduzida pela Rádio CBN.

O protesto acontece logo após a eliminação do time na Copa LIbertadores. A torcida, que em 2015 já havia protestado no CT da Barra Funda, agora se irrita com a desclassificação da equipe nas oitavas de final da competição, contra o Cruzeiro.

Entre os jogadores, Luis Fabiano foi o mais criticado. Dividiu com Ataíde Gil Guerreiro o protagonismo nas máscaras utilizadas pelos cerca de 100 manifestantes. Outros, como Paulo Henrique Ganso e Souza também foram hostilizados com maior intensidade.