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Além da finalização, Atlético-MG sofre com jogadas aéreas não aproveitadas

Antes da finalização, Atlético-MG também anda pecando na construção das jogadas - Bruno Cantini/Atlético-MG
Antes da finalização, Atlético-MG também anda pecando na construção das jogadas Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

26/05/2015 06h00

Na derrota do último domingo para o xará paranaense, o time do Atlético-MG voltou a pecar na hora de concluir as jogadas e colocar a bola na rede. Assim como ocorreu também na eliminação para o Internacional, na Libertadores,o técnico Levir elogiou a postura ofensiva e tecnicamente superior do time mineiro, mas bateu na tecla sobre as finalizações mal feitas. Na Arena da Baixada, o aproveitamento de apenas 27% dos chutes ao gol não agradou o treinador, mas a equipe alvinegra também se destacou negativamente em outro quesito: as bolas levantadas na área.

Em três rodadas do Brasileirão, o Atlético-MG ainda não tinha explorado tanto o jogo aéreo como na última partida. Patric foi quem mais acertou, mas o segundo a errar mais. Pelo lado direito, o jogador busca se firmar enquanto o titular Marcos Rocha ainda se recupera de lesão, e ainda mescla boas partidas com desempenhos abaixo do esperado. No lado oposto da lateral, Douglas Santos teve rendimento baixo, com apenas um cruzamento certo entre as nove tentativas. Em campo, o reflexo é traduzido em muitas jogadas pelo alto, mas que não chegam com qualidade suficiente para uma boa conclusão dos homens de frente.

Os números chamam atenção. Na somatória das duas primeiras rodadas, o time mineiro realizou 36 cruzamentos, sejam eles certos ou errados. Somente na partida no Paraná, por 35 vezes a equipe cruzou incorretamente, tendo ‘acertado o pé’ em 11 ocasiões. O aproveitamento de 24% foi superior em relação aos confrontos contra Palmeiras (13%) e Fluminense (15%), mas, para isso, também foi preciso mais que dobrar a média de jogadas aéreas que o clube costume ter por jogo.

Em termos gerais, o Atlético tem em média 18,6% de seus cruzamentos bem sucedidos até agora no Brasileirão. Em três finais de semana, o percentual é o sétimo melhor entre os clubes do campeonato. Em contrapartida, é o terceiro em número de bolas alçadas na área incorretamente, ficando atrás somente de Palmeiras e Fluminense.