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Sem produtos oficiais, piratas lucram com 'milagre de São Victor do Horto'

Camisa cinza de manga longa, como usada por Victor na reta final da Libertadores de 2013, jamais foi vendida nas lojas oficiais - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Camisa cinza de manga longa, como usada por Victor na reta final da Libertadores de 2013, jamais foi vendida nas lojas oficiais Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

28/05/2015 06h00

A torcida do Atlético-MG prepara procissão para comemorar os dois anos do pênalti defendido por Victor nas quartas de final da Libertadores de 2013. Canonizado pelos atleticanos, a defesa do goleiro alvinegro virou um grande atrativo para o mercado de produtos piratas. Mesmo com muitos consumidores em busca de lembranças sobre 30 de maio de 2013, o clube se restringe à camisa de jogo.

Desde então o único item oficial relacionado ao goleiro Victor que está à venda nas lojas oficiais do clube é o uniforme de jogo. Como o valor é alto, geralmente acima de R$ 200, a solução encontrada é procurar produtos ligados ao ‘São Victor do Horto’ no mercado pirata. Se o Atlético não explora bem o ‘milagre’ de 2013, um mercado paralelo movimenta bastante dinheiro entre os torcedores alvinegros.

É possível encontrar diversas camisas alusivas à defesa e os preços variam desde R$ 39,90 até R$ 79,90. Além das camisas, a pirataria aproveita a brecha deixada pelo clube e produz desde estatuetas do arqueiro, a cachecóis, roupas para bebês e até adesivos.

Mesmo assim, nem sempre é possível encontrar a camisa de goleiro do Atlético nas lojas do clube. Algo que permanece mesmo com a mudança de fornecedor. Em 2013, por exemplo, não era possível comprar a camisa cinza de manga longa, modelo que Victor usava na noite em que defendeu o pênalti cobrado por Riascos. Agora, por exemplo, é impossível compra a camisa de goleiro pelo site da loja oficial.

Com problemas de fornecimento de material para os lojistas, a Filon e Puma não conseguem atender aos pedidos, algumas lojas oficiais já estão há dois meses sem receber qualquer tipo de confecção. Enquanto isso, produtos piratas estão disponíveis em bancas de jornais, camelôs, lojas e em inúmeros sites.

É justamente no contrato com as fornecedoras de material esportivo que o clube encontra maior dificuldade para lançar qualquer tipo de produtos exclusivos sobre determinados jogadores. Como as empresas têm prioridade na produção de qualquer material de vestuário, o clube precisa de uma autorização especial ou de um determinado tempo estipulado no acordo para buscar parceiros para projetos alternativos.

E foi o que fez o Atlético. Como a Puma não demonstrou interesse em ter um produto exclusivo do camisa 1 do Atlético, a direção alvinegra negociou com outra empresa uma linha de camisas sobre Victor e o pênalti defendido em 2013. A expectativa é que o lançamento ocorra em julho, mas a data ainda não está estipulada.