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Nem 'efeito Guerrero' garante paz. Fla convive com revolta da torcida no BR

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/06/2015 06h10

A contratação do atacante Guerrero pelo Flamengo impactou o futebol nacional. A torcida se encheu de orgulho, mas a derrota por 3 a 2 para o Fluminense, no último domingo, no Maracanã, foi suficiente para reviver o clima deste início de Campeonato Brasileiro. Revoltados com a má campanha, os torcedores vaiaram, xingaram o time e demonstraram um panorama de intranquilidade para a sequência da competição.

Os dirigentes sabem que a chegada de Guerrero capacitará o elenco. Porém, o artilheiro só estreará após a disputa da Copa América com a seleção peruana. Mesmo com a aquisição do atacante, o Flamengo percebeu que a presença na zona de rebaixamento e o fato de ainda não ter vencido no Brasileirão frearam o “efeito Guerrero”.

Nem o anúncio do reforço foi capaz de impedir a revolta da torcida durante o Fla-Flu. Gritos de “Time sem vergonha”, “Quero de volta o meu Flamengo vencedor” e “Queremos raça” foram ouvidos a todo o momento nas arquibancadas. Os ânimos afloraram e uma briga entre torcedores rubro-negros precisou ser contida pela Polícia Militar.

A paz esperada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e seus pares depende exclusivamente das vitórias. A onda causada pela contratação do peruano foi esquecida em uma arquibancada insatisfeita e preocupada. Enquanto sonham com os gols do futuro camisa 9, os rubro-negros só pensam em deixar a má fase e escrever uma história diferente no Brasileirão.

“Todos conhecem o Guerrero. É um jogador que vai contribuir muito pela qualidade. É um atleta de alto nível e goleador. Um reforço importantíssimo e que dará alegrias aos torcedores do Flamengo”, afirmou o técnico Cristóvão Borges.

“A ansiedade para sair dessa situação é muito grande. Precisamos dar resultado em pouco tempo. Essa história precisa mudar. É a nossa realidade. Temos o mesmo sentimento da torcida. Vamos chegar ao momento de dar alegria e orgulho a eles”, completou o comandante.