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Atlético prepara venda de titulares e se movimenta para fazer as reposições

Levir Culpi não se mostra preocupado com a chance de perder alguns titulares do Atlético-MG - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Levir Culpi não se mostra preocupado com a chance de perder alguns titulares do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

02/06/2015 06h00

O futebol na Europa está perto do último jogo da temporada. Depois que se encerrar o duelo entre Barcelona e Juventus, na final da Liga dos Campeões, as atenções dos dirigentes e torcedores dos clubes europeus vão ficar voltadas apenas para a movimentação do mercado. Com muitos atletas valorizados, o Atlético-MG se torna um potencial alvo das equipes estrangeiras. Mas isso não pode ser ruim para o clube mineiro.

A chance de reforçar as finanças e equilibras as contas é vista como uma boa oportunidade pela direção atleticana e até pelo técnico Levir Culpi. “Vou responder o que eu penso. Se o clube tiver a necessidade de negociar alguns jogadores para equilibrar a parte financeira, eu concordo plenamente. Nós não precisamos nem de reforços, não quero repor um jogador que sair. Temos no elenco jogadores que já estão acoplados. Não há necessidade, para mim, de reposição. Temos quase três jogadores para cada posição”.

Considerando a base da equipe titular usada pelo treinador nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, seis jogadores podem deixar a Cidade do Galo nas próximas semanas. A saída mais iminente e provável é a do lateral direito Marcos Rocha. Eleito o melhor da posição por três edições consecutivas, o atleta é pretendido por equipes portuguesas e já declarou que acompanha o campeonato luso.

Além de Marcos Rocha, outros atleticanos que podem ser negociados em breve são o zagueiro Jermerson, o meia Luan e o atacante Carlos. Todos com menos de 25 anos. Não significa que o Atlético venderá todos os atletas citados ao mesmo tempo. A ideia da diretoria é negociar no máximo três jogadores. O presidente Daniel Nepomuceno confirma que alguns acordos vão ser feitos.

“Este ano temos de fazer alguns negócios sim. A ideia é ter um terço do time com jogador de base, um terço de atletas que chegaram e outro terço com novos reforços. Evidente que não podemos nos próximos anos, se o mercado der uma aquecida e a gente fazer uma boa venda; o Atlético é uma vitrine. Seguramente, tudo o que acontecer será bom para o clube e os jogadores”, disse o mandatário, que passou a última semana na Europa, mas negou que já tenha qualquer proposta oficial.

Perder jogadores titulares não é bom, mas para o Atlético pode ser importante. Fazer dinheiro é a chance de manter um elenco forte e segurar outras peças importantes, casos do lateral esquerdo Douglas Santos e do volante Rafael Carioca. Ambos estão emprestados ao clube alvinegro, que precisa gastar para mantê-los na Cidade do Galo.

O caso de Rafael Carioca é mais complicado, já que ele não tem os direitos fixados pelo Spartak Moscou, da Rússia. Já Douglas Santos está avaliando em cerca de R$ 10 milhões e o Atlético tem até o final e julho para confirmar a compra. Como já está acertado com a Udinese, da Itália, detentora dos direitos do lateral, o pagamento seria feito em seis parcelas.

Equilibrar as finanças, manter o elenco forte e até se reforçar. Embora o técnico Levir Culpi não se mostre favorável, a direção do Atlético já se movimenta para repor as possíveis saídas de jogadores. Algo que promete esquentar nas próximas semanas, com a abertura da janela de transferências, tanto para a saída quanto para a chegada de jogadores.