Milton comanda SP sob olhar de Osorio. Interino é peça-chave da transição
Dois treinos como "auxiliar", marcados por um bate-papo público com os jogadores do São Paulo no CT e por olhares atentos à beira do gramado. Juan Carlos Osorio desembarcou no Brasil no domingo e, depois de três dias, já irá ao Morumbi para assistir à partida contra Santos. O confronto desta quarta-feira pode marcar a despedida de Milton Cruz no comando da equipe paulista.
O treinador interino comandará o São Paulo pela 12ª vez seguida. Responsável por estancar a crise no clube, o auxiliar técnico será peça-chave na fase de transição e na adaptação de Osorio no comando do São Paulo. O início desse processo começa hoje, contra o algoz são-paulino na semifinal do Paulistão.
A importância de Milton durante esse período foi ressaltada pelo próprio Milton Cruz na apresentação da última segunda-feira. Na ocasião, o colombiano disse respeitar a história do interino no clube e confirmou que escutará o que Milton tem a dizer. "Seguramente o Milton vai dar muitas opiniões valiosas", disse.
Nos primeiros dias no São Paulo, os dois mostraram entrosamento. Nesta terça-feira, por exemplo, Milton viu o colombiano reunir o time no gramado do CT -- ele estava presente no grupo. Depois, porém, distribuiu os coletes para definir a equipe titular, sempre sob o olhar atento de Osorio, que se limitou a falar pessoalmente com alguns jogadores, como Wesley e Michel Bastos.
Milton pode ser importante justamente na comunicação com os atletas. Após a saída de Muricy Ramalho, o treinador interino ganhou o respaldo do grupo e conseguiu a sua maior sequência no comando do time paulista. Na última semana, Pato também saiu em defesa do atual comandante ao pedir a permanência dele na comissão técnica.
Do ponto de vista tático, Milton também deve ajudar. Ao assumir a equipe, na última rodada da fase de grupos do Paulistão, o interino promoveu uma mudança no esquema usado por Muricy, transformando o 4-1-4-1 em 4-4-1-1. A ideia de Osorio, segundo as declarações dadas na apresentação, é escalar o São Paulo no 4-1-4-1.
Com Milton no comando nos últimos jogos, novos métodos foram implantados no São Paulo. As atividades táticas, por exemplo, têm menos trabalho no campo, com mais palestras. O fato rendeu elogios dos jogadores. E essa linha de estudo também é uma característica de Osorio.
Destino
O futuro de Milton está nas mãos de Osorio. O presidente Carlos Miguel Aidar confirmou que a palavra final será do colombiano. O interino ficará no cargo de auxiliar técnico até ele se sentir 100% seguro no comando do São Paulo.
No último domingo, após a partida contra o Inter, Milton sinalizou que prefere voltar à função anterior, de coordenador técnico. Osorio, no entanto, já tem planos para ocupar a vaga. "Vou trazer duas pessoas comigo, que foi acordado com o presidente. Vou esperar alguns dias, me familiarizar com o trabalho de todos, e depois tomar a melhor decisão", disse Osorio.
Uma das ideias da diretoria é deslocar Milton para Cotia, para trabalhar com os jogadores da base. O interino pensa até em fazer um estágio na Europa, a fim de se tornar, de fato, um treinador.
Milton ainda pode comandar o time do São Paulo no próximo sábado, diante do Grêmio. O clube paulista corre para regularizar o visto de trabalho de Osorio. Até lá, o colombiano manterá a postura dos dois primeiros dias.
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