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Falta o volante pegador? Números da defesa preocupam o Atlético-MG

Leonardo Silva e Jemerson estão com mais dificuldades por causa da formação ofensiva do Atlético - Bruno Cantini/Flickr Atlético-MG
Leonardo Silva e Jemerson estão com mais dificuldades por causa da formação ofensiva do Atlético Imagem: Bruno Cantini/Flickr Atlético-MG

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

16/06/2015 06h00

Um ponto em seis disputados dentro do Independência e muitos questionamentos surgiram em torno do time do Atlético-MG. Talvez o principal seja a escalação da equipe, com apenas um volante entre os titulares. Assim como fez em algumas partidas de 2014, o técnico Levir Culpi manda a campo uma formação ofensiva. O resultado? Sexta colocação no Brasileiro, com 11 pontos e o ataque mais positivo, com 16 gols marcados.

Mas a contrapartida não é nada boa. São dez gols sofridos, somente três das quatro equipes que estão dentro da zona do rebaixamento sofreram mais gols do que o Atlético nas primeiras sete rodadas do Brasileirão. A semana de treinos vai servir para o treinador ajustar o time para os próximos compromissos. O primeiro é contra o Flamengo, neste sábado, às 16h30, no Maracanã.

“A gente gostaria de encaixar mais rápido, precisamos da colaboração de todos os atletas. Quando se joga com um volante só, não adianta nada a gente ter posse de bola, ter uma criação maior e expor nosso sistema defensivo. Claro que vamos sofrer mais, mas estamos tentando encaixar e encontrar um equilíbrio para não expor tanto o sistema defensivo. Todos precisam contribuir na marcação para que o esquema funcione”, comentou o zagueiro Leonardo Silva.

Eis que surge a dúvida. Voltar com Leandro Donizete para o time titular ou não? A resposta somente com os treinos na Cidade do Galo. Enquanto Levir Culpi não dá uma pista sobre qual a escalação para o duelo com o Flamengo, os jogadores alvinegros respeitam a decisão do treinador, mas deixam claro que a equipe ainda sente o fato de ter Rafael Carioca como o único volante em campo.

“Estamos procurando manter uma regularidade, mas ainda não encaixou neste começo de competição. É um sistema diferente que temos usado. Estamos tentando adaptar dentro desse novo sistema que o Levir quer usar. Vamos procurar encaixar dentro dessa filosofia. Já provamos que temos condições de fazer excelentes partidas. Não podemos jogar bem um jogo e outros não, ou deixar o resultado passar, porque, às vezes, a gente joga melhor que o adversário e o resultado não vem. É encontrar esse equilíbrio o mais rápido possível”.

Das seis partidas que o Atlético jogou com apenas um volante, apenas contra o Vasco o time deixou o campo sem sofrer gols. Até mesmo nas goleadas ante Fluminense e Avaí a defesa acabou superada. Nas três últimas rodadas foram seis gols sofridos, sendo cinco deles no Independência, contra Cruzeiro e Santos. O sinal de alerta está acesso na Cidade do Galo.