Conversa entre Atlético e Mineirão ganha força com desempenho ruim no Horto

Desde 2012 o Atlético-MG adotou o Independência como sua casa e o estádio do Horto só não foi usado em 11 oportunidades, mas em oito delas o clube alvinegro não podia jogar no local que elegeu como ideal, fosse por força de regulamento, punição ou estádio cedido à Fifa. Somente três vezes o Atlético optou pelo Mineirão tendo o Independência à disposição para os seus jogos. No entanto, como estava planejado desde o final do ano passado, a diretoria alvinegra ensaia uma aproximação com a Minas Arena, empresa que administra o Mineirão.

Se com o ex-presidente Alexandre Kalil o Gigante da Pampulha era visto como algo ruim para o Atlético, na gestão de Daniel Nepomuceno as conversas para atuar mais vezes no maior estádio de Minas Gerais são mais frequentes. Embora não seja fácil chegar a um acordo, vide a tentativa fracassada em jogar contra o Santa Fe, pela Libertadores, no Mineirão. Sem acordo com a Minas Arena, a partida com os colombianos ocorreu mesmo no Independência.

Depois de várias reuniões aconteceram alguns avanços, tanto que o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, contra a Caldense, foi no Mineirão. E com um acordo para utilizar os ingressos que são de direito da administradora do estádio, algo que nem mesmo o Cruzeiro consegue fazer. O resultado foi um público pagante superior a 53 mil pessoas.

Com média de 16 mil pagantes nos três jogos que disputou no Independência neste Brasileirão, o Atlético cogita jogar com o Joinville no Mineirão. O duelo ante a equipe catarinense está marcado para o dia 28, às 11h, e nesta quinta-feira pode ser confirmado para acontecer no Gigante da Pampulha, e não mais no Horto, como está previsto na tabela.

Entre maio de 2012 e dezembro de 2014 foram somente quatro derrotas em mais de 80 jogos no Independência. O que não se repete em 2015. Se nos três anos anteriores o aproveitamento de pontos foi superior a 70%, nesta temporada o time comandado por Levir Culpi já foi derrotado três vezes no estádio, seja como mandante ou não. O rendimento em casa não é mais o mesmo, abaixo de 70%. Como a mística do “caiu no Horto tá morto” já não tem o peso de tempos anteriores, jogar mais vezes em outro local não incomodaria os mais supersticiosos.

Apesar de não ter o mesmo desempenho no Independência, esse não é o principal fator de o clube pensar em jogar mais no Mineirão. Em novembro do ano passado o conselho deliberativo do Atlético aprovou o orçamento de 2015 e estava previsto que pelo menos dez partidas seriam disputadas no Gigante da Pampulha. Como jogou apenas uma vez até agora, como mandante, o Mineirão deve receber alguns compromissos atleticanos pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa do Brasil.