Reforços baratos e garotos da base. Tite já brilhou assim no Corinthians
Saídas de jogadores importantes, presença maior das divisões de base e reforços pontuais e baratos. A realidade do Corinthians de 2015 que enfrenta o Figueirense às 21h (de Brasília) neste sábado, em Itaquera, já foi vivida por Tite no clube. E, por mais que possa se questionar sobre a vocação dele para esse tipo de trabalho, a história do treinador mostra que é possível. Para ver tudo sobre o jogo, clique aqui.
Em 2004, ao ser convidado para segurar uma bronca parecida no mesmo Corinthians, Tite não pestanejou. "Ele não estava empregado e me dava uma boa impressão. Eu tinha a informação de que era uma pessoa séria e dedicada", relata Antônio Roque Citadini, vice de futebol da época. "Mandei o Edvar Simões (diretor de futebol) ligar para ele. Marcamos numa churrascaria no Tatuapé, acertamos e ele falou que dava o treino no mesmo dia", relembra.
A exemplo do momento atual, o Corinthians vivia tempos difíceis. O dinheiro da parceira Hicks Muse tinha ido embora, o clube vivia com cotas bloqueadas e a ideia de contratar Rivellino para ser diretor técnico foi um fiasco. Com um time e meio de reforços inexpressivos, o elenco corintiano quase foi rebaixado no Paulista. Tite, depois de Juninho Fonseca e Oswaldo de Oliveira, foi o terceiro treinador da temporada. E chegou para participar de uma limpeza.
Principal ídolo, Freddy Rincón foi um entre quase um time inteiro de dispensados como Adrianinho, Piá, Régis Pitbull e Samir. Em contrapartida, Tite ajudou a direção a buscar reforços como os atacantes Alessandro Cambalhota e Alberto, o lateral Zé Carlos e o meia Fábio Baiano, que viria a ser um dos jogadores mais importantes naquele Brasileiro. Mas foi, além disso, atrás de soluções na base.
Atualmente cobrado para utilizar os jovens, Tite foi responsável por promover jogadores como o lateral Edson e o volante Bruno Octávio, além de afirmar outros como o meia Rosinei, o atacante Jô e o zagueiro e volante Wendel. A maioria não deslanchou na carreira, mas quase todos tiveram sua contribuição naquela campanha surpreendente. O treinador assumiu na zona de rebaixamento e terminou na quinta posição. A última rodada marcou goleada por 5 a 2 contra o mesmo Figueirense que é adversário neste sábado.
"A vibração do Tite foi uma marca daquele time, porque ele vive tudo intensamente. Tem treinador que não vê a hora de voltar para casa, mas a vida dele é essa", acredita Citadini. "Depois daquela passagem de 2004, me encontrei com ele, já não era mais da diretoria, e ele me disse que as relações daquele período no Corinthians foram impressionantes para a vida dele".
Em 2015, em meio a dificuldades parecidas, a estrela de Tite precisará brilhar mais uma vez.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.