Topo

Gols, títulos, Copa do Mundo e indisciplina. Jô encaminha saída do Atlético

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

01/07/2015 06h00

São três anos de Atlético-MG entre altos e baixos. Apesar da pisada na bola no final de 2014, quando acabou afastado do elenco pela diretoria, nada vai ser capaz de apagar a principal lembrança que o torcedor atleticano tem do atacante Jô. Mesmo canhoto, foi de pé direito que ele abriu o caminho para o Atlético vencer o Olímpia na final da Copa Libertadores de 2013. Artilheiro e campeão daquela edição, Jô está muito perto de deixar a Cidade do Galo.

Apesar da reserva, o atacante continua bastante valorizado no mercado internacional. Jô foi procurado por clubes do México, dos Emirados Árabes, da Turquia e da Espanha. O destino ainda não está definido, mas a saída do atacante é algo tratada como certa entre os dirigentes alvinegros. Tanto que o clube já está no mercado em busca de um substituto.

Foi com a camisa do Atlético que Jô se reencontrou no futebol, depois de passagens apagadas por Manchester City e Internacional. Títulos foram cinco (Libertadores, Recopa, Copa do Brasil e dois Mineiros) e como protagonista em alguns, como na decisão do último estadual. Foi mais de um ano de jejum até marcar o gol do título contra a Caldense.

O bom momento em Minas Gerais rendeu convocações para o atacante, que foi campeão da Copa das Confederações em 2013 e no ano seguinte fez parte do grupo que disputou a Copa do Mundo. O sucesso nos dois primeiros anos deu lugar à falta de gols. Atos de indisciplina fora de campo culminaram com o afastamento em novembro de 2014.

Reintegrado em janeiro, Jô mudou o comportamento fora de campo. Aconselhado pelo amigo Pierre, que hoje está no Fluminense, o atacante passou a frequentar mais a igreja e viver mais próximo da família. Mudança que deu certo. “Nos últimos meses eu me ajoelhei todos os dias na beirada da minha cama para pedir para Deus me dar forças e eu poder ajudar o Atlético, pois o clube sempre me ajudou.", revelou ao UOL Esporte, logo depois de fazer o gol do título mineiro, no começo de maio.

No Brasileiro ele disputou apenas dois jogos e marcou um gol, na estreia, contra o Palmeiras. O suficiente para fazer a diretoria do Atlético desejar receber algo em torno de R$ 10 milhões pelo atleta que custou R$ 4 milhões em 2012. Quem depositar o dinheiro primeiro vai levar e encerrar uma história entre Jô e Atlético, que tem muito mais capítulos positivos do que negativos.

Fora do treino dessa terça-feira, para resolver problemas particulares em Porto Alegre, Jô não tem presença confirmada no banco de reservas contra o Coritiba. Como o técnico Levir Culpi não permitiu a divulgação dos relacionados, a presença do atacante é uma incógnita.