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Santos e Gabigol reveem 'técnico mais odiado da história' em alta no Flu

Após desafetos no Santos, o técnico Enderson vive bom momento no Fluminense - Divulgação/Flickr/Fluminense FC
Após desafetos no Santos, o técnico Enderson vive bom momento no Fluminense Imagem: Divulgação/Flickr/Fluminense FC

Rodrigo Paradella e Samir Carvalho

Do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo

02/07/2015 06h00

Em alta no Fluminense, o técnico Enderson Moreira reencontrará alguns desafetos às 21h desta quinta-feira, no Maracanã, quando o time enfrenta o Santos pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador faz sucesso nas Laranjeiras, mas viveu um momento bem mais tenso em sua passagem pela Vila Belmiro.

Enderson Moreira é considerado o técnico mais detestado da história do Santos nos bastidores da Vila Belmiro. Apesar de uma sequência de jogos invicto no Campeonato Paulista, o treinador foi demitido no começo deste ano. O principal motivo foi o fato de o técnico ter entrado em “rota de colisão” com as revelações do clube e outros jogadores.

O treinador tinha problemas de relacionamento com diversos jogadores do elenco. Profissionais do clube alegam que o treinador só era querido pelos jogadores que foram indicados por ele, entre eles, Chiquinho, Werley e Valencia.

Responsável por avisar ao elenco a comemorada demissão de Enderson por WhatsApp, Robinho até mesmo confrontou o treinador em um dos jogos do Santos no Brasileirão do ano passado. O UOL Esporte apurou que em um duelo da equipe com o Atlético-MG, em Belo Horizonte, o comandante disse no intervalo que alguns jogadores não estavam com vontade de jogar e que poderiam pedir para sair. Insatisfeito com o fato de o treinador não citar nomes, o atacante pediu para ser substituído no intervalo e não voltou para o segundo tempo para mostrar sua indignação com a postura do técnico.

No entanto, o estopim para a demissão foi uma entrevista de Enderson, que declarou que "alguns atletas se acham mais do que são" ao responder uma pergunta sobre as categorias de base do Santos. Além disso, no dia de sua saída, o treinador “pegou pesado” com Gustavo Henrique durante atividade no CT. O técnico gritou: “Está numa pu... desgraçada” ao cobrar o jogador em uma dividida de bola. O fato despertou a ira do elenco.

Em outro momento do treino, ele também chamou a atenção do zagueiro Werley, atirando a bola em direção ao atleta. O defensor saltou para não ser atingido. Ao perceber que o clima não estava bom, Robinho pediu calma a todos. Em seguida, Enderson foi chamado para uma reunião com a diretoria, não gostou de ser cobrado e, na visão dos dirigentes santistas, cavou a própria demissão.

A diretoria do Santos também não se conformava com a insistência de Enderson na contratação do de Walter, que defendia o Fluminense na ocasião. O técnico fazia constantes elogios ao atacante do Tricolor e causava pressão para a sua contratação. Os santistas se irritaram ao ver que o treinador defendia Walter acima do peso nas Laranjeiras e, por outro lado, criticava seus próprios jogadores na mídia.

O certo é que Enderson vive momento oposto no Fluminense. Respaldado pela diretoria, o treinador faz sucesso com os comandados apesar de comandar um elenco em grande parte formado por promessas como as que trabalhou no Santos. É o caso do meia Gérson, por exemplo, que, assim como Gabigol, ficou de fora da convocação da seleção brasileira sub-20 no mundial da categoria por causa da má relação com o ex-técnico Alexandre Gallo.

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