Tite mudará estratégias do Corinthians para enfrentar 5 jogos em 16 dias
Os 45 minutos sufocantes do Corinthians contra a Ponte Preta, na última quinta-feira, deixaram uma certeza para Tite. Não será possível jogar sempre com essa estratégia de máxima intensidade e marcação adiantada que valeu vitória por 2 a 0 há dois dias. Ainda mais com a sequência que há pela frente. No domingo, fora de casa, o adversário será o Goiás.
Até o próximo dia 18 de julho, são ainda outras quatro partidas no calendário do Corinthians - e de todos os outros clubes - no Campeonato Brasileiro. Tradicionalmente, é no período com semanas cheias como essas que as equipes que têm elenco qualificado, menor número de desfalques e melhor condição física se sobressaem. Tite, à sua maneira, se arma para esse período.
Na avaliação da comissão técnica, jogadores essenciais como Elias, Vagner Love e, principalmente, Jadson e Renato Augusto, podem ter dificuldade para enfrentar tantos jogos em sequência. Exceto Love, que veio da reserva, todos estão entre os jogadores mais vezes poupados durante a temporada. Renato, por exemplo, foi retirado de oito jogos para que recuperasse a forma física e tivesse sua condição preservada.
Sem tempo ideal de recuperação entre os jogos, o Corinthians deve adotar estratégias de menor intensidade nesse ciclo mais duro. Um exemplo citado pelo treinador é aumentar o tempo de posse de bola nas partidas. Além disso, marcar com a linha defensiva mais recuada e jogar nos contra-ataques também será uma fórmula de preservar a condição física dentro das partidas. Tite, publicamente, tem se preocupado com isso.
Depois de vencer a Ponte Preta na quinta-feira, ele admitiu que o treinamento feito um dia antes foi muito intenso e levou seus jogadores à exaustão. Mais do que isso: fez com que o Corinthians se cansasse mais cedo dentro do jogo e não tivesse pernas para competir em igualdade com o jovem time de Campinas nos 15 minutos finais. Já na última sexta, Tite reuniu o elenco e pediu cuidados maiores com o descanso para enfrentar a maratona.
Foi justamente em um momento de sequência mais dura, vale lembrar, que o Corinthians passou seu primeiro momento difícil em 2015. Com sete jogos em três semanas no mês de abril, conseguiu só duas vitórias e demonstrou que, quando não conseguia jogar com a intensidade lá em cima, não era um time tão forte. O desafio está lançado novamente.
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